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Fórum Nissan de Mobilidade Inteligente: pistas para o futuro

By on 13 Fevereiro, 2019

Para lá do investimento de 2 milhões de euros em 100 carregadores rápidos e do anúncio da comercialização do novo Leaf 3.Zero e Leaf 3.Zero e+, já noticiados pelo AUTOMAIS, o Fórum Nissan da Mobilidade Inteligente foi muito interessante e um sucesso.

Tendo como palco o Teatro Camões – também ele alvo de uma parceria que dará origem a um Ecossistema Elétrico Nissan através da instalação de baterias de segunda vida de modelos Nissan, para armazenar energia e carregar veículos elétricos – a edição 2019 deste evento contou com a participação de 240 pessoas e finalizou com mais uma iniciativa, no caso, a LEAF4Trees que planta 159 mil árvores no Pinhal d’El Rei. A presença de destacadas figuras na área da mobilidade, energia e inovação em Portugal.

O grupo de oradores incluiu Ivone Rocha, da Telles Advogados, Sofia Tenreiro, Diretora-geral da CISCO, Vera Pinto Pereira, CEO da EDP Comercial, Francisco Ferreira, Presidente da ZERO, João Pedro Gouveia, investigador na área de energia e clima da Universidade Nova de Lisboa, José Medeiros Pinto, Secretário-geral da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) e Rui Rei, Presidente do Conselho de Administração da Empresa Municipal Cascais Próxima. Da parte da Nissan, marcaram presença Francisco Carranza, Diretor dos Serviços de Energia, e o diretor de Estratégias e Ecossistema de Zero Emissões, Brice Fabry, bem como Antonio Melica, Diretor-geral da Nissan em Portugal.

A abertura do Fórum contou com a presença do Secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, José Gomes Mendes, e o encerramento dos trabalhos foi feito pelo Secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme d’Oliveira Martins.

Ficou claro ao longo de todo o dia que o caminho rumo à eletrificação da mobilidade é inexorável e todos desejam esse caminho, apesar de continuar uma nebulosa sobre a poluição gerada por maior mobilidade elétrica á montante e a jusante. A energia renovável ainda não é suficiente para alimentar um parque automóvel elétrico e o que fazer ás baterias, depois de retiradas dos veículos e de lhes ser oferecida uma segunda vida como acumuladores de energia para empresas numa ótica de ecossistema elétrico.

Ficou igualmente claro que a mobilidade elétrica não é a parte primordial para reverter o aumento das emissões de gases estufa, como CO2, estando 25 outras fontes de poluição à frente do automóvel. O automóvel elétrico é parte desse esforço para reduzir emissões, mas ainda vão passar algumas décadas até que os automóveis com motores de combustão desapareçam.

Nas várias intervenções, destaque para o Secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, José Gomes Mendes, que anunciou a criação de um grupo de trabalho dedicado à condução autónoma focado, numa primeira fase, em criar condições efetivas para que Portugal integre os circuitos de testes desta forma de mobilidade. Ou seja, o Governo deseja que os veículos dotados de condução autónoma tenham legislação que permita testes nas estradas portuguesas.

Do lado da Nissan, Francisco Carranza, referiu que a marca já está a conquistar os clientes com a tecnologia ProPILOT, incorporada em 70% dos modelos LEAF vendidos, em Portugal, no ano passado. Outra inovação é a bateria portátil denominada Nissan Energy Roam, que disponibiliza energia de forma prática, sem emissões e silenciosa, em qualquer lugar. O sistema inclui baterias de segunda vida recuperadas de automóveis elétricos Nissan que atingiram o final da sua vida útil e pode ser recarregado através de um acessório de painéis solares.

A fechar o evento, o Secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme d’Oliveira Martins, abordou os desafios da descarbonização, tendo referido que o Governo alocou 3,5 milhões de euros para a área da mobilidade, em particular através de incentivos para a aquisição de veículos elétricos e reforço de infraestruturas.

Porém, nenhum dos governantes presentes assumiu o combate ao envelhecimento doparque automóvel nacional, seja através de incentivos ao abate ou através de benefícios fiscais na compra de veículos menos poluentes. Ou seja, as preocupações são muitas, há ministros a espalhar a confusão com quadros temporais que não são verdadeiros, outros que têm a missão de sonhar o impossível (liderar a revolução elétrica na mobilidade) e outros lerem discursos redondos onde se reconhece z preocupação, mas nenhuma ação.

Os 3,5 milhões de euros são para incentivar a compra de veículos elétricos e reforço de infraestruturas ligadas á mobilidade elétrica, mas que tal começar pelo mais premente que é tirar da estrada veículos com mais de 17 anos que poluem de uma forma assustadora? E que fazer aos veículos, não históricos ou clássicos, que tem mais de 20 anos e ainda circulam? Não seria mais apropriado, primeiro, incentivar à sua troca e só depois pensar na mobilidade elétrica? Questões que, infelizmente, os governantes que estiveram no Fórum Nissan da Mobilidade Inteligente não abordaram.

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