GPL: a opção ideal para o momento, a poupança direta na carteira

A cada dia que passa os carros de mobilidade autónoma tornam-se cada vez mais uma realidade com os progressos tecnológicos que vão sendo feitos. Porém, antes dessa realidade chegar, se quisesse comprar um carro agora, e pensando numa aposta económica, qual seria a melhor opção?

Há sempre vários parâmetros a ter em conta, mediante os gostos e usos pessoais de cada um. Porém, acreditamos que o GPL é talvez o combustível mais eficaz da atualidade. Leia-se eficaz mediante os seguintes parâmetros: disponibilidade de postos de abastecimento; preço do combustível; poupança na carteira.

Tentamos obviamente não escolher parâmetros para enviesar a afirmação inicial, mas de facto assim é. Os preços elevados da gasolina e do gasóleo fazem deles propostas que levantam cada vez mais reservas à carteira do consumidor. No pólo oposto, temos os veículos 100% elétricos. São de facto o futuro, mas na atualidade, em Portugal, ainda não dão as garantias dos tradicionais combustíveis, por dois motivos: a autonomia apresentada por grande parte das propostas de mercado; e, a principal, o número de postos de carregamento disponíveis. Gasóleo ou gasolina podem ser caros, mas o conforto de parar facilmente para abastecer e seguir viagem, ainda é um preço pelo o qual muitos ainda estão dispostos a pagar.

Há de facto ‘meios termos’, como propostas híbridas e híbridas plug-in, mas os consumos destes, na prática, não se revelam tão eficazes quanto gostaríamos, dando que pensar, até porque o custo acrescido no ato da compra face a valores de iguais modelos a gasolina ou gasóleo são, na generalidade, tendencialmente superiores.

É aqui que entra o GPL que une, na atualidade, possivelmente o melhor dos vários mundos. A poupança na carteira é direta, visto que, e à luz dos preços médios dos combustíveis em Portugal, falamos de menos cerca de 0,85 cêntimos por litro face à gasolina 95 Simples e cerca de 0,63 cêntimos em relação ao gasóleo. O simples ato de ‘atestar’ tem o condão de nos fazer experienciar a sensação de ver que o retângulo com mais algarismos nos postos de abastecimento é aquele que representa os litros que estamos a colocar e o que caminha mais vagarosamente… é o do preço.

Podemos sempre questionar-nos se compensa quando pensamos na compra, porque os carros a GPL têm geralmente um custo superior às versões equiparadas a gasolina. Mas se atendermos à variação de preços (ver tabela em baixo) percebemos que a estes oscilam entre os 400€ e 2801€ mais (em alguns casos as versões a GPL são mais baratas), valores que com alguma facilidade podem ser amortizados.

A título de exemplo, olhemos para um depósito de 45l e para o custo médio dos combustíveis em Portugal. Atestá-lo de gasolina 95 Simples, com um custo por litro de 1,506, ficaria em 67,77€. De gasóleo, a custar 1,287€, ficaria por 57,91€. Se o enchêssemos de GPL, com um custo por litro de 0,652€, ficaria por 29,34€. É um facto que pode dar-se o caso de o consumo de GPL por 100 km poder ser ligeiramente superior ao da gasolina. Não sendo forçoso que assim aconteça, mesmo que gastasse mais 2l, por exemplo, falaríamos de mais 1,302€ na carteira, menos que um litro de gasolina e pouco mais que um de gasóleo. Em 45l poupamos diretamente na carteira 38,43€ face à gasolina e 28,57€ em relação ao gasóleo. Neste sentido, se o nosso veículo gastasse, por exemplo, 6l/100 km, ficaria por 9,036€/100 km a gasolina, 7,722€/100 km a gasóleo e por 3,912€/100 km a GPL. Números que dão que pensar…

Depois, os postos de abastecimento para GPL disponíveis hoje garantem um conforto para nos aventurarmos Portugal fora e, se por alguma razão a necessidade a isso levar, à sempre a opção gasolina, que nunca nos deixa na beira da estrada por falta de sítios para abastecermos o depósito com GPL.

O mundo elétrico é o futuro, mas, como em tudo, há momentos de transição. Nesse caminho que medeia a ponte entre a partida e o destino, por vezes temos que nos adaptar às circunstâncias e, essas, talvez hoje, sejam ‘polvilhadas’ com um toque de GPL, até ao bolo final… elétrico.

André Duarte