Combustão, híbridos, elétricos, hidrogénio, e-fuels, etc: qual é o caminho? A resposta que é difícil de dar…
Hidrogénio: É ou não o combustível do futuro?

Klaus Frolich, (BMW) defende o diesel e julga discussão sobre mobilidade elétrica irracional

By on 19 Outubro, 2018

Se parece que toda a indústria automóvel mundial está de acordo que o futuro é elétrico, existem alguns oásis. Na BMW está lá um.

O patrão do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da BMW, Klaus Frolich, não concorda muito com essa ideia. Membro da administração do grupo BMW tem vindo a fazer algumas afirmações interessantes sobre o assunto dos modelos elétricos.

Em declarações feitas á comunicação social, Frolich lançou uma espécie de alerta para aqueles que acreditam que a mudança para o veículo elétrico acontecerá de um dia para o outro. “Para mim, a discussão sobre a mobilidade elétrica é um nadinha irracional!” Para ele, “o movimento elétrico acontecerá, mas será feito ao mesmo tempo por todos os ‘players’”.

Tentando suavizar a questão, Frolich disse que “num cenário muito otimista, apenas 30% dos modelos vendidos pela BMW será elétrico ou híbrido ‘plug-in’ e 7 por cento terão motores de combustão interna em 2030. Se pensarmos que desses 30% metade serão híbridos ‘plug-in’, 85 por cento da gama terá motores de combustão interna.”

Na opinião de Klaus Frolich, uma ampla área do globo terrestre continuará a usar motores de combustão interna e durante muito tempo. Por isso mesmo, a BMW continua comprometida com os motores diesel. E Frolich defende-os referindo que “hoje, a BMW produz os diesel mais limpos do mundo.” Mas, mesmo assim, os políticos não deixam de mover guerra ao diesel, algo que o homem forte da pesquisa de desenvolvimento da BMW acha estar errado.

“Temos uma espiral negativa na Europa onde cada político vê, somente, uma solução: banir os diesel. Na perspetiva do consumidor no que toca ao CO2, o diesel é uma excelente solução. Especialmente para carros pesados e de elevadas performances” disse Frolich. Que deixou claro que apesar do compromisso com o diesel e a gasolina, o futuro trará cada vez menos variantes nos motores a gasóleo. Isso significará, com enorme pena dos adeptos dos motores diesel de elevada performance, que o bloco 3.0 litros de seis cilindros em linha biturbo com 400 CV dos modelos M50d, vai desaparecer, pois haverá pouca procura e não vale a pena investir para o tornar ainda mais limpo. Aliás, já não será fácil fazê-lo durar para lá de 2020. Para já ainda está no Série 5 e surgiu, agora, no novo X7.

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