McLaren: Os traços do futuro da marca britânica
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McLaren está à beira da falência e desespera por encontrar dinheiro

By on 25 Junho, 2020

Tudo parecia muito bem encaminhado para um ano de sucesso para a McLaren, mas a pandemia de Covid-19, atirou a casa de Woking para uma situação desesperada.

A realidade é muito simples: ou a McLaren encontra dinheiro fresco através de empréstimos ou de aumento de capital via investidores, ou abre falência!

Em maio, a McLaren anunciou que iria cortar 25% dos postos de trabalho e alienar parte do capital da equipa de Fórmula 1. Passado um mês, a McLaren está numa situação ainda mais complicada e numa iniciativa de pura sobrevivência, processou alguns dos seus credores, tentando ganhar tempo para encontrar o dinheiro que pode fazer a diferença entre a sobrevivência e a falência.

Segundo a revista económica Forbes, a McLaren paga aos seus fornecedores a 60 dias depois do final do mês em que submetem a fatura. Como a McLaren só vendeu 307 carros no primeiro trimestre de 2020, bem menos que os 903 comercializados em igual período de 2019, o prejuízo antes de impostos subiu para mais de 170 milhões de euros e os prazos de pagamento não estão a ser cumpridos.

O desespero levou a empresa a tentar junto dos acionistas da McLaren a libertação dos bens que fazem parte da divisão de imobiliário e dos carros históricos da casa de Woking, para os vender ou alugar a museus. Algo que não seria novo, pois as instalações fabulosas da McLaren e a coleção de carros da empresa foi dada como garantia pelos empréstimos contraídos em 2017 para comprar as ações de Ron Dennis. Ora, perante a recusa destes em libertar os bens daquelas divisões, levou a McLaren a interpor processos a esses acionistas e credores.

A McLaren, no processo instaurado em Londres, diz que as propriedades e a coleção de carros históricos, representam, apenas um quarto de todos os bens da empresa e que as vendas de propriedades e de veículos serviram para o Grupo McLaren ter acesso à liquidez necessária para manter a atividade em 2021, evitando, assim, o colapso da tesouraria e da empresa. O julgamento começa dia 2 de julho, podendo decidir-se, aí, o futuro da McLaren.

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