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Mercedes GLC F-CELL: o primeiro veículo com pilha de combustível de hidrogénio e carregamento “Plug In”

By on 13 Novembro, 2018

A Mercedes entregou a clientes selecionados o primeiro modelo equipado com Pilha de Combustível e carregamento externo “Plug In”, tendo por base o modelo GLC. O Mercedes GLC F-CELL é, assim, um veículo único e inovador alimentado a hidrogénio. Segundo a Mercedes, o GLC F-CELL consome 0,34 kg/100 km de hidrogénio e consumo elétrico de 13,7 kWh/100 km (protocolo WLTP correlacionado com o modo NEDC), com zero emissões de CO2.

Como referimos, o GLC F-CELL utiliza o hidrogénio para produzir energia, mas pode ser a bateria carregada através de tomada externa com tecnologia “Plug In”. Esta capacidade permite que a autonomia seja prolongada de forma evidente. Dois depósitos feitos em fibra de carbono encastrados no piso do veículo, albergam 4,4 quilogramas de hidrogénio. Com 700 bar de pressão, os depósitos podem ser reabastecidos em apenas 3 minutos, ou seja, mais ou menos o mesmo tempo que leva a atestar um veículo com motor de combustão interna.

A autonomia com alimentação de hidrogénio é de 430 quilómetros, com mais 51 quilómetros adicionais caso a bateria esteja plenamente carregada através do fornecimento externo de energia.

Com 210 CV de potência, o GLC F-CELL exibe três modos de condução (Eco, Comfort, Sport) através de um sistema inteligente de funcionamento com ambas as fontes de energia consoante as condições de utilização.

Já em funcionamento, existem quatro modos. O modo Hybrid faz o veículo beber potência de mabas as fontes de energia. Os picos de potência são servidos pelas baterias, enquanto a pilha de combustível funciona num modo de eficiência maior. No modo F-CELL, o estado de carga da bateria de elevada voltagem é mantido constante graças á energia saída da pilha de combustível e só é consumido hidrogénio, sendo o modo preferencial para viagens de longas distancias.

O modo Battery faz o GLC F-CELL andar apenas com a carga das baterias de elevada capacidade. Neste modo, a pilha de combustível não funciona, sendo este o modo mais eficaz para curtas deslocações. Finalmente, o modo Charge tem como prioridade a carga da bateria, por exemplo, para maximizar a autonomia antes de reabastecer os tanques de hidrogénio ou criar reservas de energia. Todos os modos de funcionamento têm sistema de regeneração de energia durante a travagem ou quando em ritmo de cruzeiro.

Para já foram entregues alguns carros a clientes empresarias como os caminhos de ferro alemães (DB Deutsche Bahn), mas outras empresas como a Air Liquide, Shell, Linde AG e as cidades de Estugarda e de Hamburgo. Outras empresas e consumidores privados terão acesso ao modelo a partir da primavera de 2019.

Para que a rede de carregamento seja ampliada, a Daimler e a H2Mobility vão juntar esforços para que em 2019 estejam disponíveis 100 postos de carregamento de hidrogénio, exatamente, o dobro do que existe, hoje, na Alemanha. Mas a ideia é que cheguem aos 400 postos.

Recordar que desde 1980 que a Daimler está a trabalhar na tecnologia da Pilha de Combustível e que em 1994, a Mercedes revelou o primeiro produto desse trabalho, o NECAR 1. Depois seguiram-se mais produtos como o Classe B F-CELL, sendo que todos os protótipos já cobriram mais de 18 milhões de quilómetros, deixando claro que a maturidade da tecnologia foi alcançada, mas falta a rede de carregamento.

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