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Mercedes sofre forte queda de 28% nos lucros em 2018 e antevê aumento de custos em 2019

By on 7 Fevereiro, 2019

“Para a Daimler, 2018 foi um ano de fortes ventos contrários e isso refletiu-se no nosso resultado financeiro e no oreço das ações.” Foi assim que Dieter Zetsch, o Ceo da Mercedes e da Daimler, apresentou a queda nos lucros que a Daimler experimentou em 2018: apesar de um crescimento nas vendas para 167,4 mil milhões de euros (164,2 mil milhões de euros em 2017), o lucro líquido em 2018 caiu 28% para 7,6 mil milhões de euros (10,6 mil milhões em 2017). Graças a esta quebra, o dividendo por ação será de 3,25 euros contra os 3,65 euros de 2017. Mas ainda mais complicado foi o recuo do EBIT, que caiu de 14,3 mil mlhões em 2017 para 11,1 mil milhões em 2018. Mesmo assim, a Mercedes vendeu mais 2,4% de veículos que em 2017 (3,4 contra 3,3 milhões de unidades).

“Apesar de tudo, enfrentámos estes ventos contrários e fizemos substanciais progressos em áreas chaves do futuro. Não foi a nossa melhor performance, mas como sucede em todas as divisões do grupo, um negócio lucrativo é fundamental para continuar a investir em novas tecnologias e produtos para o futuro” sustentou Dieter Zetsche. Entretanto, a Daimler aproveitou que o “rating” do seu crédito está no nível A com perspetiva estável, para contrair uma linha de crédito junto de um sindicato bancário com mais de 40 bancos europeus, americanos e asiáticos de 11 mil milhões de euros, suficiente para ter flexibilidade financeira até 2025.

A divisão Mercedes (AMG, Maybach, Mercedes Me e smart) viu as vendas subirem para 2 382 800 unidades (novo recorde face a 2017 que tinha sido de 2 373 500 unidades), o volume de vendas foi de 93,1 mil milhões de euros (94,4 mil milhões de euros em 2017) com o EBIT a descer para os 7.216 milhões de euros (8 843 milhões em 2017). A margem operacional desceu para os 7,8% quando em 2017 foi de 9,4%.

E Zetsch aproveitou para deixar uma mensagem para 2019: os fortes investimentos que têm de ser feitos – oferta de variantes eletrificadas em todos os modelos das gamas Mercedes e Smart até 2022 com 130 variantes desde híbridos com 48 volts, Plug In e elétricos mais a marca EQ – vão ter impacto negativo nos resultados de 2019.

Mas com a nova linha de crédito, um “cash flow” significativo e amplas reservas de dinheiro, a Daimler está longe de conhecer problemas no futuro. Até porque se investimentos houve que penalizaram o lucro final, outros ajudaram a manter os números, como o investimento na Aston Martin que foi reajustado para um valor mais justo de 111 milhões de euros.

A Daimler acredita que 2019 seja um ano de mais crescimento nas vendas, aproveitando o conforto dado por 11% de aumento das vendas na China, apesar de ser um mercado deprimido. A Daimler mudou o nome da divisão financeira para Daimler Mobility, continuando a transformação numa empresa de serviços de mobilidade, enquanto que a sua divisão de mobilidade urbana acabou numa fusão com a mesma divisão da BMW.

Finalmente, a Daimler vai avançar com testes de condução autónoma com um “shuttle” totalmente autónomo que vai funcionar nas cidades de San José e de San Francisco, além de investir mais de 500 milhões de euros em camiões altamente automatizados que vão circular nos próximos 12 meses.

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