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Mike Manley, CEO da FCA, está aberto a alianças e fusões

By on 11 Março, 2019

O CEO da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) esteve presente no Salão de Genebra e falou aos jornalistas sobre o futuro do grupo italo-americano. 

O britânico, em declarações à Reuters, explicou que “temos um forte futuro como independentes, mas se estiver por ai uma parceria, uma relação ou até uma fusão, que possa reforçar ainda mais o nosso futuro, terá toda a minha atenção.”

Não quer isto dizer que aquilo que Sergio Marchionne procurou durante anos, a fusão com outro grande grupo mundial, esteja eminente, apesar de continuarem vivos os rumores que a FCA e a PSA poderiam unir esforços. Algo que faria sentido e iria ao encontro dos desejos de Carlos Tavares. O português, CEO do grupo gaulês, opera, sobretudo, na Europa e para ganhar escala e músculo, terá de desembarcar nos EUA, como está, aliás, previsto com a marca Peugeot. Uma aliança com a FCA, dar-lhe-ia a exposição ao mercado norte americano e acesso á marca que todos olham com gula, a Jeep. 

Para além desta abertura a alianças e fusões, Mike Manley explicou quais os planos para a Maserati. E porque falar da Maserati? Porque a Geely deu conta do seu interesse em comprar a marca do Tridente. “Há três opções” sustentou o CEO da FCA. “Vender versões eletrificadas e equilibrar a questão das emissões, fazer parte de um esquema de “pool” de veículos, ou então pagar as multas. Eu não consigo ver um cenário em que os construtores de automóveis continuem a subsidiar novas tecnologias indefinidamente.” Uma opinião forte que, curiosamente, tem muitos pontos em comum com Carlos Tavares, o CEO da PSA.

A FCA rem um plano de investimento superior a 11 mil milhões de euros, para os próximos cinco anos, no sentido de introduzir uma gama alargada de modelos híbridos e elétricos para serem vendidos em todo o mundo. 

Talvez por isso, faça cada vez maior sentido a aproximação entre a FCA e a PSA, para reduzir custos e gerar economias de escala importantes, libertando recursos para desenhar o futuro. Veremos se Mike Manley, o delfim de Sergio Marchionne, consegue aquilo que o malogrado presidente da FCA não conseguiu.

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