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Condução noturna: Dicas para viajar em segurança

Entre Mini e BMW a escolha é sua, a DriveNow já está em Lisboa

By on 13 Setembro, 2017

Desde ontem que o serviço de Carsharing DriveNow já está a funcionar nas ruas de Lisboa. Este é um sistema de mobilidade urbana e partilhada que chega ao nosso país através de um franchising com a Brisa e que pretende reduzir em muito a utilização do carro privado na capital portuguesa. Para saber como tudo funciona percorra a galeria acima ou veja os tópicos abaixo.

André Duarte

O que é a DriveNow

A DriveNow é uma joint venture do grupo BMW e da Sixt SE para o carsharing. O objetivo é oferecer um serviço de mobilidade que seja uma alternativa aos transportes públicos, com um preço que se situa acima destes mas abaixo, por exemplo, dos táxis, e um substituto/alternativa ao carro privado.

No total, a frota da DriveNow é constituída por 5700, operando em várias cidades europeias – Munique, Berlim, Düsseldorf, Colónia, Hamburgo, Viena, Londres, Copenhaga, Estocolmo, Bruxelas, Milão e Helsínquia – e agora também em Lisboa.

Inscrição: o que é preciso fazer

Todos os clientes têm que, primeiro que tudo, ir ao site – https://www.drive-now.com/pt/pt/lisbon – e proceder ao registo. Um processo que não demora mais que dois a três minutos e em que são precisos dados como nome, morada, carta de condução ou número do cartão de crédito. Depois disso devem instalar a app e a partir daí estão aptos para aceder ao serviço.

De momento a inscrição é gratuita mas no futuro passará a ter um custo de 10€, com 30 minutos gratuitos de condução, a utilizar até um prazo máximo de 30 dias após a realização da mesma.

A utilização do serviço está suportada na app DriveNow, disponível nas lojas Google Play e iTunes. Os clientes Via Verde beneficiam de uma solução integrada para o registo e o pagamento da DriveNow. A DriveNow já tem 960 mil utilizadores na Europa.

Utilização: como tudo funciona

Em traços gerais, falamos de um sistema de aluguer de veículos através de uma aplicação. A grande diferença para, por exemplo, Táxis ou serviços como a Uber, é que aqui é o próprio cliente que conduz. A app que instalamos no telemóvel tem um filtro de pesquisa que nos permite selecionar o modelo mediante as características que pretendemos e nos indica que carros estão disponíveis na área em que nos encontramos (através da app podemos, por exemplo, ver a autonomia dos veículos, se têm danos e ainda há a opção de fazer sinais de luzes para nos ajudar a localizar os veículos). Os modelos só podem ser levantados e deixados na área em que o serviço opera, com o veículo a dar-nos indicação de quando se encontra ou quando sai da sua área operacional.

Este serviço de carsharing conta com tudo incluído – combustível, seguro e estacionamento – com o cliente a ter de pagar unicamente o custo da viagem efetuada.

João Oliveira, diretor geral da VVCS, faz um resumo de todo o processo: “A operação é muito simples. Fazemos o registo na internet e depois o download da app com a qual podemos reservar um carro. Feita a reserva temos 15 minutos para chegar ao pé do carro. Esses primeiros 15 minutos são gratuitos e quando nos aproximamos do carro (ndr.: este reconhece que foi o que selecionámos) surge uma opção na app para o desbloquear e aí podemos abrir o carro. Ao abrirmos, por uma questão de segurança, introduzimos um pin (ndr.: que foi escolhido pelo utilizador aquando do seu registo no site da DriveNow) que permite ligar o carro. Depois de conduzirmos podemos voltar a estacionar o carro em qualquer sítio de Lisboa desde que seja um estacionamento autorizado, quer seja livre ou com parquímetros. Saindo do carro só temos que nos lembrar de carregar no botão na app para o bloquear. Assim que o fazemos o carro fica disponível para outro cliente. Também há uma outra possibilidade, que é a de mantermos o carro estacionado mas reservado para nós. Dentro do carro, quando desligamos o motor, podemos escolher a opção de estacionamento (ndr.: com o carro a permanecer alocado ao cliente). Depois basta fazermos a mesma operação com o telemóvel através da app para fechar e o carro fica reservado para nós quando regressarmos.”

Preços

Durante o primeiro mês do serviço, de 12 de setembro a 12 de outubro, os preços por minuto são iguais para todos os veículos – 29 cent./min. – a partir de dia 13 de outubro entram em vigor as seguintes tarifas:

MINI 3 portas, MINI 5 portas, MINI Clubman – 29 cent./min.

BMW Série 1 – 31 cent./min.

BMW i3 – 34 cent./min.

Nota: O BMW i3 apresenta um preço mais elevado devido ao facto de tendencialmente os veículos elétricos serem aqueles que são menos requisitados.

Estacionamento 

Está incluído no preço da deslocação e por isso é possível estacionar-se nos locais com parquímetro de forma gratuita. Quando pretendemos apenas parar o carro, mas mantê-lo reservado para nós, os valores por minuto diminuem, havendo alturas do dia em que o estacionamento não é cobrado. Os preços são:

Estacionamento (parar sem encerrar a viagem) – 15 cent./min.

Estacionamento (parar sem encerrar a viagem, de segunda a sexta, entre a 1:00 e as 7:00) – gratuito

Seguro

Franquia de 350€ (IVA 23%) – Gratuita: é a standard quando requisitamos um veículo. Em caso de acidente ou qualquer dano, o cliente pode ter de pagar até um máximo de 350€, a não ser que acione a opção em baixo, “Redução da franquia para 0€”.

Redução da franquia para 0€ – tem um custo de 1€: esta opção tem de ser selecionada no momento em que se vai desbloquear o veículo. Ao ser acionada, a viagem terá um custo acrescido de 1€ ao valor final da deslocação, mas este garante-nos seguro contra todos os riscos e isenção da franquia de 350€.

Combustível

À semelhança do seguro está também incluído. De momento, este só pode ser feito em postos de abastecimento da Galp. Para os clientes que despenderem parte do tempo a abastecer, serão compensados com um bónus de tempo.

Processo de abastecimento: O carro identifica que está a entrar num posto de abastecimento Galp e solicita ao condutor para que se desloque para uma das bombas com Via Verde. Depois o utilizador só tem que introduzir na bomba o pin que o carro lhe vai facultar, abastecer e seguir viagem. Todo o pagamento é feito pela DriveNow através da Via Verde. Esta integração com a Via Verde para os abastecimentos é uma novidade introduzida em Portugal. Apenas no caso dos elétricos, os 11 BMW i3 que vão estar disponíveis nesta fase inicial, é necessário, para o abastecimento, passarmos um cartão que os próprios carros trazem, porque neste momento o abastecimento só é feito através de cartão.

Veículos disponíveis  

Em Portugal a DriveNow vai disponibilizar um número inicial de 211 veículos, entre BMW e Mini, frota que será anualmente renovada, garantindo assim que os clientes têm ao dispor sempre os modelos mais recentes das marcas. Os veículos dividem-se por: 64 Mini Cooper 5P; 15 Mini Cooper 3P; 30 Mini Clubman; 91 BMW Série 1 e 11 BMW i3.

Área que o serviço abrange

Em Lisboa, a área de operação inicial cobre 48 quilómetros quadrados, de Leste a Oeste e de Norte a Sul da cidade, assegurando serviço nas suas zonas mais movimentadas e mais procuradas.

Exemplos de custos de viagens

A título exemplificativo, uma viagem do Saldanha a Belém custará entre 5 e 7 euros, e uma viagem de Alvalade ao Martim Moniz custará entre 4 e 5 euros. Mais tarde, será possível a ligação ao Aeroporto de Lisboa e uma viagem entre o Aeroporto e o Marquês de Pombal custará entre 4 e 6 euros.

Objetivos para o futuro

A expectativa é que até final de 2017 haja 10.000 utilizadores do serviço em Portugal e após o primeiro ano 25.000. A frota de 211 carros prevê-se que venha a aumentar, assim como a área territorial que o serviço abrange. Esta, atualmente de 48 quilómetros quadrados, foi definida para cumprir os rácios exigidos, que têm em conta a população e veículos disponíveis, dado que esta é uma solução de mobilidade urbana. A DriveNow, em parceria com a Brisa, irá estar em constante análise dos dados e tendências de utilização, podendo proceder a ‘afinações’ e atualizações na operacionalização do sistema mediante as tendências de utilização dos clientes. Lisboa é assim a primeira cidade a nível ibérico a estrear este sistema sob o mote: “Tecnologia alemã e alma portuguesa”.

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