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Nissan vale menos que a Subaru depois de uma queda do valor bolsista

By on 17 Fevereiro, 2020

As ações da Nissan na bolsa de Tóquio caíram 9,6% para o valor mais baixa da última década, depois da empresa ter anunciado uma revisão na previsão do ano fiscal de 2019.

A passada sexta feira foi um pesadelo para a administração da Nissan, com o preço por ação a cair 9.6%, o valor mais baixo desde 2009 arrastando a companhia para um valor de mercado e 2,17 triliões de ienes, qualquer coisa como 19.8 mil milhões de dólares. O que significa que a Nissan vale menos, hoje, que Subaru, Suzuki, Honda e Toyota.

Contas feitas, a Nissan perdeu 19% do seu valor bolsista desde o início do ano, acumulando descidas depois de em 2018 ter perdido 22% e em 2019 qualquer coisa como 28%. As vendas em recuo em quase todas as regiões, a instabilidade na gestão da empresa e o escândalo Carlos Ghosn, levou a Nissan a rever em baixa os resultados com um lucro de apenas 85 biliões de ienes, bem abaixo daquilo que estava previsto, um lucro de 150 mil milhões de ienes.

Curiosamente, as ações da Renault – que conta, muito, com os resultados apurados pela Nissan para valorizar os 43% que detém na Nissan – apesar da casa francesa ter registado prejuízos em 2019 e desta turbulência no Japão, não conheceram oscilações no preço.

Com tudo isto, a Nissan precisa de libertar capital e por isso cortou os dividendos até ao imite mais baixo desde 2011 e já anunciou o corte de 12.500 postos de trabalho. Desta forma poderá financiar a próxima geração de tecnologia e manter o rumo até à eletrificação total da gama, mantendo-se competitiva no mercado.

Makoto Uchida, o novo CEO da Nissan, enfrenta uma tarefa árdua pois não só foi forçado, já, a rever a previsão de lucro em baixa, mas terá de encontrar forma de revitalizar a empresa e tratar da Aliança com a Renault, um tema sensível desde o escândalo Carlos Ghosn.

Para piorar as coisas, o Coronavirus veio atrapalhar e a produção na China só recomeçará dentro de dias, pelo que o quarto e último trimestre do ano fiscal de 2019 será impactado com esta situação.

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