Toyota Hilux Tracker 2.8D 4×4 GR Sport- Ensaio Teste
Toyota EPU é a visão futura da Hilux 100% elétrica

Nova Toyota Hilux apresentada

By on 6 Julho, 2016

Já não anda longe de completar a bonita idade de 50 anos, a primeira é de 1968, chama-se Toyota Hilux e foi agora apresentada a 8ª geração. Largámos o asfalto e fomos à aventura…

Sempre pronta! É o lema da Toyota Hilux, e na verdade tudo o que com ela fizemos, não nos desiludiu em nada. Uma viagem de 120 Km até ao local dos testes fora de estrada, um valente ‘tratamento’ de areia e regresso até casa. Mas já lá vamos, para já vamos cingir-nos aos factos…

Para começar, robustez! Foi colocado um acento tónico forte neste ponto e a nova Hilux tem agora uma proteção interior do motor três vezes mais forte, 44% mais pontos de soldadura, o curso das suspensões passa a 52 cm, o chassis é agora 20% mais rígido, parte do chassis foi construído com Aço de 590 MPa, comprovamente mais forte, e tem para além das quatro rodas motrizes, capacidade de rebocar até 3,5 toneladas.

A caixa de carga da oitava geração da Toyota Hilux é maior, passa de 1544 mm para 1645 mm na largura, é mais forte, foi reforçada no estrado e nas laterais, e é também mais prática, já que surge com novas dobradiças e nervuras redesenhadas. Na versão de cabina simples, a zona de carga é agora mais ampla, ganhou 124 mm, a lateral é 30 mm mais alta e tem capacidade para mais uma caixa standard (estilo caixa de fruta) passando agora a poder transportar 14.

Nas versões de Cabina Simples e Extra 4X4, pode rebocar agora mais 700 Kg (3,500 Kg no total, e a de Cabina Dupla, mais 400 Kg, passando para 3,200 Kg. A suspensão da nova Hilux foi reforçada, e em termos de motorizações, surge com um novo motor 2.4D-4D, com uma melhoria de 12 por centro de economia de combustível, isto num bloco com 150 cv às 3400 rpm. Quando comparado com o bloco atual, o novo 2.4D-4D tem mais 15% de binário e atinge o binário máximo 600 rpm mais cedo, ou seja, é 30 por cento mais rápido. Tem duas caixas de seis velocidades, manual e automática, e dois modos de condução, o ECO e o Power.

A proteção face às condições de todo o terreno foram melhoradas, por exemplo no reposicionamento de componentes elétricos, longarinas redesenhadas e proteção de carroçaria. quanto aos ângulos de ataque e de saída, passam agora a ser de 31º à frente e 26º atrás, isto fruto de um ligeiro aumento da altura. Há agora uma maior articulação entre rodas, de 20% (520 mm) no lado esquerdo e 10% no direito. O comutador 4WD funciona em andamento até aos 80 Km/h, e dispõe da versão H2, duas rodas motrizes, para estrada normal, H4, tração total para pisos mais escorregadios e finalmente as redutoras, L4, para fora de estrada a baixa velocidade.

De resto, em termos de equipamento, destaque para o bloqueio do diferencial traseiro, de série na Hilux 4X4, o controlo de assistência em subida (HAC), controlo de Tração Activo (A-TRC), que identifica perda de tração, Bloqueia a roda que a perdeu e envia binário para as restantes, funcionando como se tratasse de um diferencial autoblocante e finalmente o Controlo de Assistência em descida (DAC), que aciona os travões automaticamente, isto nas versões Tracker ou Tracker S, as mais evoluídas da gama. Em termos de capacidades TT, a nova Hilux está bem acima da atual, colocando-se ao nível do Toyota Land Cruiser LC150, portanto já com uma capacidade acima das Pick Up ‘normais’.

Esteticamente a nova Hilux está bem mais refinada, e no interior, nada falta. Os bancos são novos, é enorme o ecrã TFT tátil a cores, embora lento a reagir aos ‘dedos’, o volante é ajustável, tem camara de visão traseira de série nas versões de Lazer, os bancos são confortáveis e em estrada nada a dizer do conforto, quase nos esquecemos que guiamos uma Pick up. Há depois pormenores interessantes, como por exemplo o porta luvas refrigerado, e uma tomada elétrica de 22c, 100 watts. Em termos de segurança, a Toyota Safety Sense na Hilux Tracker T/A dispõe de sistema de pré colisão com deteção de peões, alerta de desvio de faixa de rodagem, e reconhecimento de sinais de trânsito.

De resto, a rigidez da nova Hilux é superior em 20% face à atual, tem agora um Sistema de controlo de movimentos da carroçaria que aumenta e reduz o binário à frente conforme o carro desce ou sobe. Possui também Controlo de Estabilidade para Reboques. Por fim, está dividida em Versões de Trabalho, Lazer, sendo que os preços começam nos 25.000€ na versão 4X2 de Cabina Simples e Caixa Metálica, até aos 45.700€ da versão Tracker S.

O percurso fora de estrada que realizámos compunha-se quase na totalidade por areia, portanto, não foi possível rodar em verdadeiro mau piso, mas ainda assim nas zonas de terra com sulcos grandes a Hilux passa-os sem o mínimo problema. Na areia, a tração é muito boa e sem ter extremo cuidado na rotação das rodas, pudemos ultrapassar facilmente a areia, profunda em muitos casos.

 

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