Mercado português aposta mais nos PHEV e BEV que a média europeia
Portugueses aderem mais aos Híbridos Plug-in (PHEV): Crescimento de 37,5%

Novo Mitsubishi ASX já foi apresentado e sim, é mesmo isso que está a pensar

By on 20 Setembro, 2022

Não é segredo nenhum. A Mitsubishi usou a base do Renault Captur para criar a nova geração do ASX. Inclui diversas versões híbridas e chega ao mercado em 2023.

A chegada no novo ASX é um passo bastante importante para a marca, uma vez que há muito que deseja ter um bom representante neste segmento dos SUV. E agora, com a parceria de outra marca da Aliança, encontrou um dos modelos mais desejados e um dos melhores representantes deste mesmo segmento. Depois de alguns ajustes para o converter à sua imagem, que até aproveitam da melhor forma os componentes já existentes, a Mitsubishi mostra que não foram precisas muitas alterações, pois, tal como a velha frase, “em equipa que ganha…”.

O novo Mitsubishi ASX preenche o legado do seu antecessor, com mais de 380 mil unidades comercializadas apenas no mercado europeu. Será produzido em Espanha, em conjunto com o Captur, na fábrica de Valladolid, uma vez que usa precisamente a mesma plataforma CMF-B e também quase todos os outros componentes. É precisamente por isso que o exterior dispensa uma grande apresentação, havendo apenas a destacar a presença de jantes de 17 ou 18 polegadas, consoante o nível de equipamento, e de uma nova grelha frontal, que inclui o logo da marca japonesa, mas que está longe de ter a personalidade mais vincada do “Dynamic Shield” que já conhecemos em outros modelos da Mitsubishi. Na secção traseira, há um novo logo para a sigla ASX e o diamante de três pontas foi trocado pelas letras que formam o nome da marca. Ou seja, a camara de estacionamento, que normalmente está discretamente arrumada no centro de um losango, teve de ser encaixada numa peça plástica e visualmente pouco estética, numa solução que está longe de ser das melhores. Nem no Eclipse Cross se caiu nesse erro. E foi pena não se ter encontrado uma solução mais personalizada para a assinatura visual em LED, por exemplo, com uma imagem que fosse mais… Mitsubishi.

Interior versátil e conectado

A bordo, as semelhanças continuam, o que é bom, até porque o novo painel de instrumentos totalmente digital das versões mais equipadas tem uma boa resolução e uma boa leitura, e o monitor central numa posição mais vertical, também com dois tamanhos disponíveis consoante o nível de equipamento, oferece uma boa combinação e um sistema intuitivo, simples de se utilizar. Nos assentos traseiros, a possibilidade de os ajustar longitudinalmente, permite optar entre mais espaço para as pernas dos passageiros lá de trás, ou por mais 69 litros de capacidade na bagageira que, mesmo assim, já parte de uma boa base de 332 litros.

Na fase de lançamento deste modelo serão seis as cores disponíveis para a carroçaria, que podem ser combinadas com o negro da parte superior do ASX ou apenas mantida a mesma cor de todo o conjunto. Em termos de equipamento, estará presente o sistema Multi-Sense com os quatro modos de condução, sendo um deles totalmente personalizável, mas também o cartão mãos-livres que substitui a chave e até o sistema de som melhorado com assinatura da Bose, através do qual podemos explorar as listas de reprodução que temos no telefone, seja por Apple CarPlay ou Android Auto.

Gama de motorizações completa

O capítulo das motorizações será bastante completo e com opções para quase todos os gostos. A base da oferta está num motor de um litro com três cilindros, a gasolina, e que é acompanhado de uma caixa de velocidades manual de seis velocidades. Depois deste, encontramos uma opção mild-hybrid equipada com um motor a gasolina de 1,3 litros, turbo, com injeção direta e com a ajuda de um sistema elétrico que é alimentado por uma bateria de 12V, carregada através da energia captada pela regeneração através das travagens e desacelerações. Em opção, poderá ser equipado com uma caixa de velocidades manual de seis relações ou com uma automática de dupla embraiagem e sete velocidades.

As versões híbridas propriamente ditas começam com um sistema que combina um motor de 1,6 litros a gasolina com dois elétricos e uma caixa de velocidades automática multimodo, dando origem à designação HEV. No entanto, em muitos dos Mitsubishi que conhecemos, é o PHEV que mais se destaca e é precisamente esta a sigla que teremos na versão topo de gama, que inclui o mesmo motor de 1,6 litros e os dois elétricos, mas também uma bateria de 10,5 kWh, que lhe permitirá circular em modo puramente elétrico durante algum tempo.

A chegada oficial ao mercado nacional está prevista para o primeiro trimestre do próximo ano, uns meses antes do novo Mitsubishi Colt, previsto para o outono de 2023. E a avaliar pela imagem que já temos disponível, será um novo caso de um projeto também herdado da Aliança. Para conhecermos mais detalhes sobre estes dois novos modelos, resta aguardar uns meses, mas podemos concluir afirmando que a Mitsubishi poderia ter trabalhado um pouco mais para encontrar uma imagem mais personalizada e de acordo com os seus restantes modelos.

As garantias são as mesmas que a Mitsubishi já tem disponível nos restantes modelos da sua gama, com um prazo de cinco anos ou 100 mil quilómetros. E para as versões eletrificadas, a garantia da sua bateria é de oito anos ou 160 mil quilómetros.

No caso de querer dar uma vista de olhos na apresentação e descobrir mais detalhes sobre este modelo, ela aqui está:

Ensaios: consulte os testes aos novos carros feitos pelos jornalistas do Auto+ (Clique AQUI)