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Patrão da VW prevê a falência da industria automóvel alemã e que os limites de CO2 são demasiado ambiciosos

By on 18 Outubro, 2018

Herbert Diess, CEO da Volkswagen, foi muito duro sobre as novas regras de emissões de gases poluentes, dizendo que a indústria alemã tem o futuro traçado.

Falando à margem de uma conferência de fornecedores da indústria automóvel, realizada em Wolfsburg, Herbert Diess, CEO da Volkswagen, alertou para os efeitos negativos que as mudanças nos limites de emissões poluentes de CO2 e o banimento dos motores diesel vão trazer. Foi muito duro o executivo alemão, chegando ao ponto de comparar a industria automóvel alemã a que sucedeu a cidades como Detroit e Turim, traçando um cenário muito negro do que pode acontecer ás cidades e aos países quando se deixam cair gigantes industriais.

“Se olharmos para o que foram antes e são agora antigos bastiões da industria automóvel como Detroit ou Turim, são capazes de compreender o que acontece ás cidades quando os gigantes industriais são atingidos pelos políticos e são deixados cair. Olhando para a situação, hoje, há 50 por cento de possibilidades da indústria automóvel poder continuar na elite global da indústria automóvel dentro de 10 anos” disse Herbert Diess. Mas disse mais o CEO da VW. A “campanha contra a mobilidade individual” juntamente com a “quase histérica discussão sobre o NOx e sobre pequenos problemas existentes em algumas cidades ou áreas” estão a ameaçar o futuro não só da indústria, mas “do automóvel!”

Herbert Diess não foi meigo nas palavras, dizendo que as novas metas ambientais e os limites de CO2 propostos pela União Europeia, são demasiado ambiciosos, colocando uma pressão sobre os construtores para uma adaptação rápida quase impossível. Segundo Diesse, terão de existir muito mais veículos elétricos a circular em 2030 do que os construtores alemães conseguiram produzir e comercializar, para cumprir esses limites. No final, Herbert Diess foi mais longe ao dizer que a União Europeia está a pressionar socialmente a Europa, pois a redução de 40% das emissões de CO2 em 2030, levará à perda de, pelo menos, 100 mil postos de trabalho, só no grupo VW. Convirá dizer que a comissão europeia recuou e fixou, para já, o valor de redução de CO2 em 2030 para 35%, embora mais de metade dos membros da comissão europeia estivessem de acordo com a redução de 40%.

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