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Portugal 4º País com mais Km de autoestradas, linhas ferroviárias, ao nível de…1893!

By on 27 Maio, 2023

Portugal é o quarto país a nível europeu com mais quilómetros de autoestradas, e sobe para segundo lugar se essa comparação tiver em conta o número de habitantes de cada país. Já no que à ferrovia nacional diz respeito, Portugal está no antepenúltimo lugar na Europa. Em termos de linha férrea, Portugal está ao nível de 1893! Não na qualidade, obviamente, mas na quilometragem de linha ativa.

De acordo com um trabalho da CNN Portugal, há 49 anos, Portugal Continental tinha 60 quilómetros de autoestrada. Hoje tem 3065. No pólo oposto, a entrada nos carris tem demorado bastante mais, pois temos hoje em dia, uma extensão de linhas ferroviárias idêntica à que o País tinha em… 1893.

Em 1974 havia 66 km de autoestrada, em 1995, Cavaco Silva deixava 687 km de autoestrada construídos, logo as seguir, António Guterres, 1482 Km, Durão Barroso e Pedro Santana Lopes chegam aos 2341 Km, e José Sócrates, 2737 Km. Finalmente, Pedro Passos Coelho aumentou para os 3065 Km e ficámos por aí. Sem queixas, pois a esse nível estamos bastante bem, e sim, poupam-se muitas vidas com as autoestradas, mas quando ouvimos que houve mais um acidente mortal, por exemplo no IC1, pessoalmente dá-me um arrepio na espinha, pois conheço bem a estrada e a diferença que faz com a ‘paralela’ A2 em termos de segurança. Só pode haver uma razão para não se utilizar a A2, o custo. Claro que isto não se aplica para percursos curtos, como é lógico.

Voltando ao tema, as muitas e boas autoestradas/estradas e as poucas linhas ferroviárias, especialmente a tão falada e prometida alta velocidade.

Era suposto ser para 2013 a primeira linha de alta velocidade em Portugal, a ligação entre Lisboa e Madrid. Não foi. Agora está prevista para 2030. A linha ferroviária em Portugal tem atualmente uma extensão idêntica à que tinha em 1893. Em 1991 havia 429 km de linhas de desativadas exploravam-se 3117 Km, e em 2021 as linhas desativadas ultrapassam os 1000 Km e as exploradas caíram para pouco mais de 2500 Km. como diz a CNN somos um: “país de alcatrão que tem demorado entrar nos carris…”

Ainda por cima, Portugal fez uma aposta muito grande na rede rodoviária porque queria ligar o litoral e o interior, mas que não contribuiu para a coesão territorial, como era o objetivo. Pelo contrário, contribuiu para aumentar a desigualdade e foi por causa das portagens. Quando as SCUT eram grátis, sim, ajudava ao desenvolvimento. Pagas, não. Tem o efeito contrário.

Numa entrevista recente ao Expresso, Carlos Oliveira Cruz, professor associado do Instituto Superior Técnico (IST), revelou que enquanto se investia em estradas, não se investiu na ferrovia. “Normalmente, os países na Europa têm mais quilómetros de ferrovia por milhão de habitantes do que de estradas. Em Portugal é ao contrário e isso é um problema”, acrescenta Carlos Oliveira Cruz.

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