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Primeiras impressões ao volante do novo Honda HR-V Hybrid

By on 23 Março, 2022

A nova geração do Honda HR-V já se encontra disponível no mercado nacional. E tal como prometido, no mercado europeu, poderá ser apenas adquirida numa opção híbrida bastante sofisticada, mas das que não se liga à rede para carregar.

O Honda HR-V Hybrid já chegou a Portugal e num evento dedicado à imprensa, já tivemos oportunidade de o conduzir durante uns minutos para o ficarmos a conhecer. Para quem não se lembra, o Honda HR-V chegou ao mercado em 1999, numa altura em que ainda não se falava muito de SUV. No entanto, o seu formato mais quadrado já assentava numa estrutura de altura mais elevada e o habitáculo já contava com uma boa oferta em termos de espaço disponível. Esteve em comercialização durante alguns anos e conheceu versões de três e cinco portas. A segunda geração só chegou 16 anos mais tarde, com um visual completamente diferente e claramente integrado com as tendências mais recentes do mundo dos SUV e foi nesta geração que a marca superou a fasquia das sete mil unidades do HR-V comercializadas em Portugal desde 1999.

Quanto ao novo modelo que acabámos de conhecer, a primeira impressão visual é de que o novo Honda HR-V abre as portas a uma nova fase da Honda, uma vez que estreia soluções estilísticas que deverão começar a chegar a outros modelos em breve. Por outro lado, a entrada deste novo modelo equipado em exclusivo com uma versão híbrida deixa a Honda ainda mais próxima de fechar o ciclo da eletrificação de toda a gama, que inclui agora uma opção deste mundo com cada um dos seus modelos, exceção feita ao Civic que está prestes a ser substituído.

A nova imagem inclui uma grelha dianteira com um desenho mais sofisticado e óticas com um sistema de iluminação full LED logo desde a versão base da gama. E na parte de trás, há também uma nova assinatura visual em LED, com uma faixa vermelha ao longo da largura do HR-V, intervalada apenas com o logo da marca, mesmo ao centro.

O tamanho do novo Honda HR-V encaixa-o entre os segmentos B e C da categoria dos SUV, mas enquanto por fora parece mais próximo de um B, no interior, rivaliza com muitas opções do C. Na frente, o espaço disponível é bastante amplo, com uma posição de condução um pouco mais elevada e ao jeito de um SUV. Lá atrás, há muito espaço para as pernas dos passageiros e para compensar a medição mais curta da altura, as costas dos assentos ficam num ângulo ligeiramente mais acentuado.

A bagageira conta com um bom acesso, ainda que o seu piso seja mais baixo que o plano de carga. Mas oferece uma boa largura e a chapeleira fica presa na tampa da bagageira, sendo menos uma coisa para nos preocuparmos. E em termos de volumetria, são 319 litros de capacidade. Se não chegarem, os assentos mágicos traseiros característicos da Honda podem ser uma ajuda preciosa quando é necessário transportar objetos de tamanho mais estranho.

Quanto ao sistema híbrido que foi desenvolvido para o Honda HR-V, trata-se basicamente da mesma solução que já conhecemos no Jazz e:HEV, mas com uma capacidade mais adaptada ao tamanho deste novo SUV. Ou seja, o motor a gasolina de 1,5 litros conta com 131 cavalos em vez dos 109 do Jazz e a bateria do sistema inclui agora 64 células em vez de 41, mas numa solução mais compacta e que não ocupa tanto espaço como a integrada no Honda Jazz.

O sistema e:HEV é também um pouco diferente do habitual, ao combinar um motor de combustão com dois elétricos. O térmico e um dos elétricos a funcionar como gerador de energia e o segundo elétrico para fazer locomover o HR-V. Caso seja necessário, o motor de combustão também pode alimentar as rodas através de uma embraiagem, mas a situação mais desejada e considerada ideal pela Honda, é que a locomoção seja efetuada o máximo de tempo possível usando a eletricidade. Seja a armazenada na bateria ou a gerada pelo motor térmico e por um dos elétricos. A melhor explicação sobre o funcionamento deste sistema, no entanto, é mesmo a de Ko Yamamoto, o Technical Advisor da Honda Motor Europe. Refere-se ao sistema usado no Jazz, mas que é igual ao usado no HR-V, ainda que com uma capacidade diferente.

Nos valores declarados pela Honda, a média de consumo do HR-V anda pelos 5,4 litros para cada 100 quilómetros, um valor que não fica muito diferente dos 4,9 que registámos na nossa curta volta em que percorremos pouco mais de 25 quilómetros.

Em termos de preços, a Honda conta agora com uma filosofia muito mais direta e sem segredos e asteriscos. O preço indicado é justamente aquele que paga no concessionário, já com despesas, legalização e até a pintura metalizada. E assim, no que diz respeito ao HR-V, o preço da versão base equipada com o nível de equipamento Elegance é de 34.500 euros, sendo que esta versão já inclui uma enorme lista de equipamento de série, onde nem sequer falta o Apple CarPlay ou o Android Auto, o sistema de iluminação full LED, as jantes de 18 polegadas ou as chaves mãos livres, entre muitos outros itens. No patamar seguinte, o nível Advance já acrescenta outros equipamentos como a abertura inteligente da bagageira, por exemplo, mas o preço também passa para os 37.500 euros. E no topo da oferta, com quase todo o equipamento disponível e diversos elementos específicos, está a versão Lifestyle com um valor de 41 mil euros.

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