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Renault mantém Carlos Ghosn como CEO após auditoria interna

By on 13 Dezembro, 2018

Investigações internas conduzidas pela Renault não encontraram nenhuma falha no comportamento de Carlos Ghosn e, apesar deste continuar detido no Japão, a casa francesa não segue a Nissan e mantém a confiança no seu CEO.

Foi o conselho de administração da Renault quem decidiu, após a conclusão de uma auditoria interna, que Carlos Ghosn continuará como CEO. Segundo essa investigação, não foi encontrada nenhuma evidência ou prova de má conduta do CEO da Renault ou de alguma atividade ilegal.

Esta decisão surge uma semana depois de Carlos Ghosn ter sido detido e ter sido removido de presidente e CEO da Nissan, ao mesmo tempo que a procuradoria geral japonesa o acusou de má conduta financeira e fraude fiscal, alegando que não declarou os seus vencimentos, na totalidade, durante cinco anos, tendo usado recursos da Nissan em proveito pessoal.

A auditoria feita pela Renault diz que “a remuneração financeira de Carlos Ghosn foi aprovada de acordo com as leis vigentes e que por isso a Renault vai manter as atuais regras de governança” sendo que as tarefas quotidianas estão, para já, entregues a Thierry Bollore, o COO da Renault, situação que se mantém desde novembro.

Este caso tem sido cada vem ai analisado e alguns observadores entendem esta situação como um “golpe de estado” de Hiroto Saikawa, agora CEO da Nissan, depois de Ghosn ter feito exatamente o mesmo que a Carlos Tavares, ou seja, colocado entraves á ascensão do executivo nipónico. No caso do português, saiu e encontrou guarida no PSA Group com os excelentes resultados já apurados, no caso do japonês ter-se-á tratado de recuperar o controlo japonês da marca japonesa. As declarações de Saikawa têm se pautado por alguma animosidade face a Carlos Ghosn, tendo o novo CEO da Nissan referido que “no futuro vamos assegurar-nos que não iremos depender de apenas um específico individuo.”

Ou seja, a Nissan vai tentar regressar aos velhos hábitos japoneses de decidir tudo de forma colegial e não com um homem só a decidir. Veremos se não será uma estratégia suicida que possa arruinar tudo aquilo que a Nissan consegui até aos dias de hoje.

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