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Toyota permanece líder europeu de vendas entre as marcas asiáticas

By on 7 Novembro, 2018

Há muitos anos que a Nissan e a Hyundai tentam ultrapassar a Toyota na liderança das marcas asiáticas no Velho Continente. A verdade é que esse objetivo tem sido mais difícil de alcançar do que aquilo que se poderia imaginar.

Naturalmente que já sucederam ultrapassagens como em 2015, quando a Nissan chegou a 603 mil unidades na Europa e bateu a Toyota. Mas no ano seguinte, tudo regressou ao “normal” e a Toyota conseguiu recuperar a liderança. Que nunca mais perdeu, já que a Nissan não voltou a conseguir desafiar o domínio da Toyota. A Hyundai acredita que conseguirá destronar a casa japonesa em 2021.

Esta guerra pela liderança dos asiáticos na Europa não apoquenta outras marcas como a Kia que já veio dizer que esse não é um objetivo. E até bater a Hyundai não é substantivo, antes será uma curiosidade para saber quem é melhor no Velho Continente. Aliás, isso mesmo disse Emilio Herrera, COO da Kia na Europa, em declarações feitas á margem do lançamento do Kia Proceed.

Curiosamente, se o grupo Hyundai Kia funcionasse em conjunto, já estaria confortavelmente sentado na cadeira da liderança, mas como os coreanos querem que as vendas das duas marcas sejam consideradas em separado, isso não sucede. Mas há outro problema para se perceber quem é a marca asiática Nº1 na Europa: a forma como se mede o território europeu.

A Hyundai utiliza a definição geográfica da ACEA, ou seja, inclui a União Europeia mais Islandia, Lichenstein, Noruega e Suiça. Assim sendo, e tendo em conta os números da ACEA, a Toyota comanda com mais de 560 mil unidades vendidas, seguida da Hyundai com 425 854 veículos, a Nissan com 411 278 unidades e a Kia com 385 818 veículos. Honda, Mazda e Suzuki estão a seguir, mas já muito distantes.

Se olharmos para a Toyota e para a Nissan, incluem a Rússia nas suas vendas europeias, bem como as marcas Premium que comercializam (Lexus e Infiniti, respetivamente). Olhando por este prisma, a Toyota lidera de forma confortável com 1,1 milhões de veículos vendidos, seguida da Nissan com 762 574 unidades. Ou seja, a uma considerável distância.

Os híbridos, depois da queda dos diesel, têm ajudado a Toyota que conta já com 46% das vendas feitas com aquele tipo de veículo, mas há a necessidade de incrementar as vendas nos SUV, onde a Toyota está longe dos melhores com apenas 25% de quota deste tipo de veículo. A marca japonesa precisa de subir para perto dos 40%, a mesma percentagem de vendas da Hyundai e da Kia de SUV. Destaque para o Kauai que tem sido um sucesso de vendas, ajudando o Tucson, modelo mais vendido, a fazer com que que 38% das vendas da Hyundai sejam de modelos SUV.

A Nissan chegou ao ponto de saturação com 73% das suas vendas a deverem-se ai Qashqai que supera, de forma clara todos os outros modelos da gama: até agosto a Nissan vendeu 21 671 Qashqai e 6 501 unidades do X-Trail, o segundo mais vendido. O atraso na substituição do Juke já provciu danos nas vendas, pois a Nissan recuou 9,1% face a 2017 nos primeiros nove meses de 2018.

A Toyota comentou esta situação através de Matt Harrison, o responsável de vendas e marketing da Toyota Motor Europe, em declarações ao Automotive News Europe. “Não estamos focados na liderança asiática no continente europeu. Se olhar para a nossa postura e para a nossa competitividade, nem sequer é um nosso ponto de referência. Nunca estivemos obcecados com nada nem com ninguém e se isso sucedesse, provavelmente e olhando à história, seria a Volkswagen.”

Contas feitas, a Toyota irá vender 742 mil unidades nos doze meses de 2018 e alcançará, segundo algumas previsões, as 773 mil unidades em 2023. A Nissan deverá ficar-se pelas 576 mil, sendo que em 2019 e 2020 subirá acima das 650 mil unidades. A Hyundai ficará em 2018 nas 546 mil unidades vendidas e a Kia nas 501 mil. Mas a previsão para as duas marcas coreanas não é famosa, com a Hyundai a não evoluir muito acima daquele valor e a Kia a perder vendas até 2023, ano em que venderá 482 mil unidades. Ou seja, a Toyota continuará líder e por larga margem.

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