Audi TT 45 TFSI S tronic quattro – Ensaio Teste

By on 2 Agosto, 2019

Audi TT 45 TFSI S tronic quattro

Texto: Francisco Cruz

Por favor, não o matem!

Numa altura em que correm notícias de que a Audi pode colocar um ponto final na existência do TT, manifestamos, desde já, a nossa oposição – por favor, não o matem! É que, nomeadamente com 2.0 TFSI de 245 cv, este pequeno e excitante coupé 2+2, quase merece vida eterna!

Conheça todas as versões e motorizações AQUI.


Mais:

Comportamento; Motor/Caixa de velocidades; Posição de condução      

Menos:

Acesso e habitabilidade nos lugares traseiros; Conforto em mau piso; Desaparecimento do ecrã táctil do MMI

Exterior

9/10

Pontuação: 9/10

Quase apetece chamar-lhe “um dos últimos dos duros”, elemento de uma espécie em extinção, com que as novas tendências parecem querer acabar. No entanto e numa altura em que o mercado vive deslumbrado com conceitos recuperados como o da mobilidade elétrica, ou verdadeiramente novos como o da condução autónoma, a verdade é que este pequeno coupé alemão continua sendo um dos produtos que melhor justifica o porquê do Automóvel ser também um objecto de desejo e emocional. A começar no aspecto exterior, o primeiro passo naquela que é a materialização de muitas emoções… Falando especificamente da actual terceira geração Audi TT, uma estética exterior cada vez mais emocional e até icónica, à qual não falta sequer o toque mais provocante que qualquer desportivo deve ter – seja em resultado da nova frente de linhas ainda mais agressivas e acutilantes, seja de um perfil tão intenso e robusto quanto inconfundível, seja até mesmo de uma traseira a exalar desportividade. Neste caso, acentuada não somente pela presença de duas ponteiras de escape bem visíveis, mas também de uma asa retráctil que, ao subir, não deixa de ser igualmente prenúncio de despedidas e rápido desaparecimento no horizonte…

Interior

9/10

Pontuação: 9/10

Compacto em termos de dimensões exteriores, o Audi TT socorre-se do seu posicionamento mais desportivo, para “justificar” o replicar dessa mesma realidade, no interior do habitáculo. E, principalmente, justificar aquela que é a sua maior limitação: a habitabilidade. Esta realidade torna-se particularmente difícil nos dois lugares traseiros, onde qualquer adulto viaja de cabeça colada ao óculo traseiro e sem saber muito bem onde colocar as pernas, exigindo, por isso, a compreensão dos ocupantes dos lugares da frente. Eles próprios encaixados mas um pouco mais à vontade, graças ao tablier fortemente esculpido, e com um acesso ao interior mais facilitado que para os restantes! Igualmente a procurar “justificar” a realidade, o posicionamento assumido pelo TT, de coupé concebido em prol do condutor e da condução, ponto!, e que se percebe na concepção do próprio habitáculo – linhas sóbrias a exaltarem igualmente a excelente qualidade de construção e de materiais, além de um design cujo objectivo maior é a materialização da ergonomia perfeita. Algo para o qual procura contribuir não somente a diminuição drástica no número de botões no habitáculo em redor – e que, diga-se, nem sequer evitou o desaparecimento do ecrã táctil a cores que servia o sistema de infotainment MMI… -, sendo que os poucos resistentes primam pela intuitividade e funcionalidade, mas também uma posição de condução a roçar, também ela, a perfeição – volante e banco de inspiração fortemente desportiva e com amplas regulações, com o primeiro a acrescentar ainda uma pega excelente, enquanto o segundo junta à forma excepcional como envolve e integra o condutor no cockpit, uma pedaleira e apoio de pé esquerdo em metal e borracha, ambos excepcionais! Mas se, por exemplo, a visibilidade e legibilidade proporcionadas pelo Audi Virtual Cockpit 100% digital e configurável, é uma mais-valia que qualquer condutor dificilmente desvalorizará (e é de série!), já a visibilidade exterior, e nomeadamente traseira, só consegue resultar com o apoio de sensores e câmara.

Caso contrário, arriscamo-nos a fazer alguns riscos na carroçaria, ainda antes de começarmos a ter uma noção concreta das dimensões exteriores… Finalmente, uma última palavra para o espaço destinado às bagagens, ao qual continua a aceder-se tipo alçapão, abrindo o enorme portão dominado pelo óculo traseiro. A forma também de dispor de um espaço para o qual a Audi anuncia uma capacidade de pouco mais de 300 litros, ou 712 litros com as costas dos bancos traseiros rebatidas 50/50 na horizontal. Algo que, diga-se, não deixa de ser um bom argumento, face à pouca capacidade do alçapão que surge por baixo do piso falso – e, isto, porque não existe pneu sobressalente! -, e, principalmente, perante o reduzido aproveitamento que é possível fazer dos dois lugares traseiros…

Equipamento

9/10

Pontuação: 9/10

Proposta de nicho para um cliente muito especial e que, ao escolher um desportivo de luxo como este, também não admite falhas no equipamento, o Audi TT apresenta-se, logo à partida, com alguns argumentos, capazes de agradar e convencer. E que, mesmo não permitindo prescindir do recurso à já proverbial longa lista de opcionais, assegura, ainda assim, um TT suficientemente composto. É o caso, por exemplo, dos bancos desportivos com encostos de cabeça integrados, o já citado Audi Virtual Cockpit de 12,3″ e o volante multifunções, além de e já no domínio da segurança e apoio à condução, o assistente de mudança de faixa de rodagem, aviso de saída e manutenção na faixa de rodagem (acima dos 65 km/h) e assistente ao estacionamento traseiro. Pelo contrário, opcionais, no “nosso” TT, eram os faróis em LED (1.450€) com assistente de máximos (180€), os pacotes exterior (1.785€) e desportivo S line (3.290€), as jantes em liga leve Audi Sport em design Blade com pneus 245/35 R19 (1.610€), a pintura metalizada Preto Mythos (825€), o acesso ao interior sem chave (505€) e os sensores de estacionamento atrás e à frente (930€). Além de e já no interior, os bancos aquecidos à frente (420€), estofos em couro/Alcantara com logótipo S line embutido (555€), pacote de luzes em LED (325€), retrovisor interior em moldura e com anti-encandeamento (305€), MMI de navegação plus com MMI touch (2.960€), Audi Connect (595€), Audi Phone Box (405€) e Audi Smartphone Interface (480€), Cruise Control (360€) e sistema de som Bang & Olufsen (1.015€). Sendo ainda possível acrescentar o sistema de reconhecimento de sinais de trânsito (180€)…

Consumos

/10

Pontuação: 8/10

Convincente e emocionante nas prestações e disponibilidade que oferece, o 2,0 litros turbo já não consegue os mesmos resultados, no que aos consumos diz respeito. Suplantando, inclusivamente e numa utilização real, os 7 l/100 km que anuncia como média oficial, em trajecto combinado. Colocado à prova no trânsito citadino, mas também nalgumas auto-estradas e traçados mais sinuosos em redor da “cidade grande”, o “nosso” Audi TT 45 TFSI Stronic acabou por dar por concluído o “desafio”, com uma média, no computador de bordo, de 8,6 l/100 km. Isto, já com o contributo de um Stop&Start razoavelmente rápido no intervir, mas também com o apoio – principalmente em cidade – da opção “Efficiency”, disponível no sistema de modos de condução Drive Select…

Ao Volante

10/10

Pontuação: 10/10

Tomando como base a já conhecida (e eficaz) plataforma MQB, cuja concepção maioritariamente em alumínio é garantia, desde logo, de menos peso (1365 kg é o peso anunciado para este coupé, ainda sem condutor…), é caso para dizer que o Audi TT dificilmente poderia pedir melhor ponto de partida, em termos dinâmicos. Pois, além da maior leveza, garantida surge igualmente uma elevada rigidez torcional. Apoiado numas não menos desportivas jantes de 19″ com pneus 235/35, cuja maior limitação é, muito provavelmente, a menor apetência para maus pisos – um aspecto, aliás, com que o próprio TT não vai muito à bola… -, torna-se assim um prazer explorar as potencialidades de chassis e motor, particularmente, em trajectos mais sinuosos e com piso liso. Aproveitando aí também a presença do sistema de modos de condução Drive Select, que com os seus quatro modos de utilização específicos – Auto, Efficiency, Comfort e o personalizável Individual -, a intervirem na resposta de motor, caixa, suspensão e ESP, acaba sendo um garante efectivo na manifestação das diferentes personalidades deste TT… Preciso, eficaz e até envolvente na forma como se entrega à estrada, o TT é também um desportivo fácil de conduzir e “domar”, graças não só à aderência e segurança acrescidas proporcionadas por tecnologias como a tracção integral permanente (sistema quattro), mas também fruto de desempenho de componentes como a direcção – um pouco leve e não muito informativa, é certo, mas ainda assim eficaz e competente na sua missão! Em suma, um desportivo de luxo, para desfrutar…

Motor

9/10

Pontuação: 9/10

Nesta terceira geração já sem qualquer motorização Diesel, mas apenas com duas variantes do mesmo quatro cilindros 2,0 litros turbo a gasolina – com 197 e 245 cv de potência -, o Audi TT com que tivemos oportunidade de realizar este ensaio envergava, precisamente, o bloco mais potente. Apurado com a presença de uma já bem conhecida caixa automática S tronic de dupla embraiagem e 7 velocidades – a qual, diga-se e depois da desilusão sofrida no o contacto com o Q3 35 TFSI S tronic, conseguiu, inclusivamente, voltar a fazer-nos acreditar na sua tecnologia!… Quanto ao 2.0 TFSI de 245cv, cai que nem uma luva neste coupé desportivo, proporcionando excelentes e rápidas acelerações – os 5,2s que leva dos 0 ao 100 km/h confirmam-no… – ainda antes das 2.000 rpm. Marcadas igualmente por uma subida de regime muito linear, com elevada disponibilidade ao longo de praticamente todo o percurso do conta-rotações, além de uma sonoridade grossa e funda que é música para qualquer ouvido! Versátil ao ponto de proporcionar uma utilização não menos convincente no dia-a-dia, para este feito contribui igualmente a já referida S tronic, importante não só na suavidade e discrição com que se entrega ao trabalho nas deslocações em cidade, mas também pela eficácia e rapidez com que responde, já no modo Sport, a uma condução mais radical; inclusive, quando solicitada no modo semi-manual, com o condutor a recorrer às convincentes patilhas nos braços do volante!

Balanço Final

9/10

Pontuação: 9/10

Hoje em dia um dos últimos coupés desportivos compactos à moda antiga, a verdade é que o Audi TT continua a exibir todas as razões e mais alguma, para que o não deixem morrer – além de uma imagem icónica e ainda hoje marcante, oferece um prazer e uma envolvência na condução, de que poucos se podem orgulhar. E, ainda mais, quando impulsionado por um 2,0 litros a gasolina, a anunciar 245 cv, como é aquele que tivemos oportunidade de ensaiar!

Concorrentes

Alpine A110, 1.798cc., 252cv, 4,5s 0-100 km/h, 250 km/h, 6,9 l/100 km, 144 g/km CO2, 63.000€

(Veja o ensaio AQUI)

 

 

Porsche 718 Cayman PDK, 1.998cc., 300cv, 4,9s 0-100 km/h, 275 km/h, 8,8 l/100 km/h, 193 g/km CO2, 67.909€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Ficha Técnica

Motor

Tipo: quatro cilindros em linha a gasolina, com injecção directa Common-Rail, turbocompressor de geometria variável e intercooler

Cilindrada (cm3): 1.984

Diâmetro x curso (mm): 82.5 x 92.8

Taxa compressão: 9.6 : 1

Potência máxima (cv/rpm): 245/5.000-6.700

Binário máximo (Nm/rpm): 370/1.600-4.300

Transmissão e direcção: Integral, com caixa automática de dupla embraiagem e sete velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica

Suspensão (fr/tr): Tipo McPherson / Multibraços

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos

Prestações e consumos 

Aceleração: 0-100 km/h (s): 5,2

Velocidade máxima (km/h): 250

Consumos urbano/extra-urbano/combinado (l/100 km WLTP): 9,0/5,9/7,0

Emissões de CO2 (g/km WLTP): 161-160

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,191/1,832/1,376

Distância entre eixos (mm): 2,505

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1,572/1,552

Peso (kg): 1.356

Capacidade da bagageira com duas filas de bancos/com uma fila de bancos (l): 305/712

Depósito de combustível (l): 55

Pneus (fr/tr): 225/50 R17 / 225/50 R17

Mais/Menos


Mais

Comportamento; Motor/Caixa de velocidades; Posição de condução      

Menos

Acesso e habitabilidade nos lugares traseiros; Conforto em mau piso; Desaparecimento do ecrã táctil do MMI

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 74620€

Preço da versão base (Euros): 55440€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Pontuação: 9/10

Quase apetece chamar-lhe “um dos últimos dos duros”, elemento de uma espécie em extinção, com que as novas tendências parecem querer acabar. No entanto e numa altura em que o mercado vive deslumbrado com conceitos recuperados como o da mobilidade elétrica, ou verdadeiramente novos como o da condução autónoma, a verdade é que este pequeno coupé alemão continua sendo um dos produtos que melhor justifica o porquê do Automóvel ser também um objecto de desejo e emocional. A começar no aspecto exterior, o primeiro passo naquela que é a materialização de muitas emoções… Falando especificamente da actual terceira geração Audi TT, uma estética exterior cada vez mais emocional e até icónica, à qual não falta sequer o toque mais provocante que qualquer desportivo deve ter – seja em resultado da nova frente de linhas ainda mais agressivas e acutilantes, seja de um perfil tão intenso e robusto quanto inconfundível, seja até mesmo de uma traseira a exalar desportividade. Neste caso, acentuada não somente pela presença de duas ponteiras de escape bem visíveis, mas também de uma asa retráctil que, ao subir, não deixa de ser igualmente prenúncio de despedidas e rápido desaparecimento no horizonte…

Interior

Pontuação: 9/10

Compacto em termos de dimensões exteriores, o Audi TT socorre-se do seu posicionamento mais desportivo, para “justificar” o replicar dessa mesma realidade, no interior do habitáculo. E, principalmente, justificar aquela que é a sua maior limitação: a habitabilidade. Esta realidade torna-se particularmente difícil nos dois lugares traseiros, onde qualquer adulto viaja de cabeça colada ao óculo traseiro e sem saber muito bem onde colocar as pernas, exigindo, por isso, a compreensão dos ocupantes dos lugares da frente. Eles próprios encaixados mas um pouco mais à vontade, graças ao tablier fortemente esculpido, e com um acesso ao interior mais facilitado que para os restantes! Igualmente a procurar “justificar” a realidade, o posicionamento assumido pelo TT, de coupé concebido em prol do condutor e da condução, ponto!, e que se percebe na concepção do próprio habitáculo – linhas sóbrias a exaltarem igualmente a excelente qualidade de construção e de materiais, além de um design cujo objectivo maior é a materialização da ergonomia perfeita. Algo para o qual procura contribuir não somente a diminuição drástica no número de botões no habitáculo em redor – e que, diga-se, nem sequer evitou o desaparecimento do ecrã táctil a cores que servia o sistema de infotainment MMI… -, sendo que os poucos resistentes primam pela intuitividade e funcionalidade, mas também uma posição de condução a roçar, também ela, a perfeição – volante e banco de inspiração fortemente desportiva e com amplas regulações, com o primeiro a acrescentar ainda uma pega excelente, enquanto o segundo junta à forma excepcional como envolve e integra o condutor no cockpit, uma pedaleira e apoio de pé esquerdo em metal e borracha, ambos excepcionais! Mas se, por exemplo, a visibilidade e legibilidade proporcionadas pelo Audi Virtual Cockpit 100% digital e configurável, é uma mais-valia que qualquer condutor dificilmente desvalorizará (e é de série!), já a visibilidade exterior, e nomeadamente traseira, só consegue resultar com o apoio de sensores e câmara.

Caso contrário, arriscamo-nos a fazer alguns riscos na carroçaria, ainda antes de começarmos a ter uma noção concreta das dimensões exteriores… Finalmente, uma última palavra para o espaço destinado às bagagens, ao qual continua a aceder-se tipo alçapão, abrindo o enorme portão dominado pelo óculo traseiro. A forma também de dispor de um espaço para o qual a Audi anuncia uma capacidade de pouco mais de 300 litros, ou 712 litros com as costas dos bancos traseiros rebatidas 50/50 na horizontal. Algo que, diga-se, não deixa de ser um bom argumento, face à pouca capacidade do alçapão que surge por baixo do piso falso – e, isto, porque não existe pneu sobressalente! -, e, principalmente, perante o reduzido aproveitamento que é possível fazer dos dois lugares traseiros…

Equipamento

Pontuação: 9/10

Proposta de nicho para um cliente muito especial e que, ao escolher um desportivo de luxo como este, também não admite falhas no equipamento, o Audi TT apresenta-se, logo à partida, com alguns argumentos, capazes de agradar e convencer. E que, mesmo não permitindo prescindir do recurso à já proverbial longa lista de opcionais, assegura, ainda assim, um TT suficientemente composto. É o caso, por exemplo, dos bancos desportivos com encostos de cabeça integrados, o já citado Audi Virtual Cockpit de 12,3″ e o volante multifunções, além de e já no domínio da segurança e apoio à condução, o assistente de mudança de faixa de rodagem, aviso de saída e manutenção na faixa de rodagem (acima dos 65 km/h) e assistente ao estacionamento traseiro. Pelo contrário, opcionais, no “nosso” TT, eram os faróis em LED (1.450€) com assistente de máximos (180€), os pacotes exterior (1.785€) e desportivo S line (3.290€), as jantes em liga leve Audi Sport em design Blade com pneus 245/35 R19 (1.610€), a pintura metalizada Preto Mythos (825€), o acesso ao interior sem chave (505€) e os sensores de estacionamento atrás e à frente (930€). Além de e já no interior, os bancos aquecidos à frente (420€), estofos em couro/Alcantara com logótipo S line embutido (555€), pacote de luzes em LED (325€), retrovisor interior em moldura e com anti-encandeamento (305€), MMI de navegação plus com MMI touch (2.960€), Audi Connect (595€), Audi Phone Box (405€) e Audi Smartphone Interface (480€), Cruise Control (360€) e sistema de som Bang & Olufsen (1.015€). Sendo ainda possível acrescentar o sistema de reconhecimento de sinais de trânsito (180€)…

Consumos

Pontuação: 8/10

Convincente e emocionante nas prestações e disponibilidade que oferece, o 2,0 litros turbo já não consegue os mesmos resultados, no que aos consumos diz respeito. Suplantando, inclusivamente e numa utilização real, os 7 l/100 km que anuncia como média oficial, em trajecto combinado. Colocado à prova no trânsito citadino, mas também nalgumas auto-estradas e traçados mais sinuosos em redor da “cidade grande”, o “nosso” Audi TT 45 TFSI Stronic acabou por dar por concluído o “desafio”, com uma média, no computador de bordo, de 8,6 l/100 km. Isto, já com o contributo de um Stop&Start razoavelmente rápido no intervir, mas também com o apoio – principalmente em cidade – da opção “Efficiency”, disponível no sistema de modos de condução Drive Select…

Ao volante

Pontuação: 10/10

Tomando como base a já conhecida (e eficaz) plataforma MQB, cuja concepção maioritariamente em alumínio é garantia, desde logo, de menos peso (1365 kg é o peso anunciado para este coupé, ainda sem condutor…), é caso para dizer que o Audi TT dificilmente poderia pedir melhor ponto de partida, em termos dinâmicos. Pois, além da maior leveza, garantida surge igualmente uma elevada rigidez torcional. Apoiado numas não menos desportivas jantes de 19″ com pneus 235/35, cuja maior limitação é, muito provavelmente, a menor apetência para maus pisos – um aspecto, aliás, com que o próprio TT não vai muito à bola… -, torna-se assim um prazer explorar as potencialidades de chassis e motor, particularmente, em trajectos mais sinuosos e com piso liso. Aproveitando aí também a presença do sistema de modos de condução Drive Select, que com os seus quatro modos de utilização específicos – Auto, Efficiency, Comfort e o personalizável Individual -, a intervirem na resposta de motor, caixa, suspensão e ESP, acaba sendo um garante efectivo na manifestação das diferentes personalidades deste TT… Preciso, eficaz e até envolvente na forma como se entrega à estrada, o TT é também um desportivo fácil de conduzir e “domar”, graças não só à aderência e segurança acrescidas proporcionadas por tecnologias como a tracção integral permanente (sistema quattro), mas também fruto de desempenho de componentes como a direcção – um pouco leve e não muito informativa, é certo, mas ainda assim eficaz e competente na sua missão! Em suma, um desportivo de luxo, para desfrutar…

Concorrentes

Alpine A110, 1.798cc., 252cv, 4,5s 0-100 km/h, 250 km/h, 6,9 l/100 km, 144 g/km CO2, 63.000€

(Veja o ensaio AQUI)

 

 

Porsche 718 Cayman PDK, 1.998cc., 300cv, 4,9s 0-100 km/h, 275 km/h, 8,8 l/100 km/h, 193 g/km CO2, 67.909€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Motor

Pontuação: 9/10

Nesta terceira geração já sem qualquer motorização Diesel, mas apenas com duas variantes do mesmo quatro cilindros 2,0 litros turbo a gasolina – com 197 e 245 cv de potência -, o Audi TT com que tivemos oportunidade de realizar este ensaio envergava, precisamente, o bloco mais potente. Apurado com a presença de uma já bem conhecida caixa automática S tronic de dupla embraiagem e 7 velocidades – a qual, diga-se e depois da desilusão sofrida no o contacto com o Q3 35 TFSI S tronic, conseguiu, inclusivamente, voltar a fazer-nos acreditar na sua tecnologia!… Quanto ao 2.0 TFSI de 245cv, cai que nem uma luva neste coupé desportivo, proporcionando excelentes e rápidas acelerações – os 5,2s que leva dos 0 ao 100 km/h confirmam-no… – ainda antes das 2.000 rpm. Marcadas igualmente por uma subida de regime muito linear, com elevada disponibilidade ao longo de praticamente todo o percurso do conta-rotações, além de uma sonoridade grossa e funda que é música para qualquer ouvido! Versátil ao ponto de proporcionar uma utilização não menos convincente no dia-a-dia, para este feito contribui igualmente a já referida S tronic, importante não só na suavidade e discrição com que se entrega ao trabalho nas deslocações em cidade, mas também pela eficácia e rapidez com que responde, já no modo Sport, a uma condução mais radical; inclusive, quando solicitada no modo semi-manual, com o condutor a recorrer às convincentes patilhas nos braços do volante!

Balanço final

Pontuação: 9/10

Hoje em dia um dos últimos coupés desportivos compactos à moda antiga, a verdade é que o Audi TT continua a exibir todas as razões e mais alguma, para que o não deixem morrer – além de uma imagem icónica e ainda hoje marcante, oferece um prazer e uma envolvência na condução, de que poucos se podem orgulhar. E, ainda mais, quando impulsionado por um 2,0 litros a gasolina, a anunciar 245 cv, como é aquele que tivemos oportunidade de ensaiar!

Mais

Comportamento; Motor/Caixa de velocidades; Posição de condução      

Menos

Acesso e habitabilidade nos lugares traseiros; Conforto em mau piso; Desaparecimento do ecrã táctil do MMI

Ficha técnica

Motor

Tipo: quatro cilindros em linha a gasolina, com injecção directa Common-Rail, turbocompressor de geometria variável e intercooler

Cilindrada (cm3): 1.984

Diâmetro x curso (mm): 82.5 x 92.8

Taxa compressão: 9.6 : 1

Potência máxima (cv/rpm): 245/5.000-6.700

Binário máximo (Nm/rpm): 370/1.600-4.300

Transmissão e direcção: Integral, com caixa automática de dupla embraiagem e sete velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica

Suspensão (fr/tr): Tipo McPherson / Multibraços

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos

Prestações e consumos 

Aceleração: 0-100 km/h (s): 5,2

Velocidade máxima (km/h): 250

Consumos urbano/extra-urbano/combinado (l/100 km WLTP): 9,0/5,9/7,0

Emissões de CO2 (g/km WLTP): 161-160

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,191/1,832/1,376

Distância entre eixos (mm): 2,505

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1,572/1,552

Peso (kg): 1.356

Capacidade da bagageira com duas filas de bancos/com uma fila de bancos (l): 305/712

Depósito de combustível (l): 55

Pneus (fr/tr): 225/50 R17 / 225/50 R17

Preço da versão ensaiada (Euros): 74620€
Preço da versão base (Euros): 55440€