Cupra Ateca 2.0 TSI DSG7 4Drive – Ensaio Teste

By on 28 Outubro, 2019

Cupra Ateca 2.0 TSI DSG7 4Drive

Texto: Francisco Cruz

Emoção ao quadrado

Depois de anos como mera designação das versões mais desportivas da SEAT, a Cupra autonomizou-se e é agora marca independente, apostada ainda e sempre no espicaçar dos sentidos. Também por esse motivo, que melhor maneira de fazer a sua apresentação ao mercado, senão através de um modelo que é, em si próprio, uma espécie de apelo à emoção… ao quadrado?

Conheça todas as versões e motorizações AQUI.


Mais:

Motor/Caixa de velocidades; Imagem; Comportamento    

Menos:

Consumos; Conforto em mau piso; Preço

Exterior

9/10

Pontuação: 9/10 Apelando à emoção, ao procurar assumir-se como um verdadeiro desportivo, o Cupra Ateca reforça, desta forma, um apelo que começa, desde logo, no desenho da própria carroçaria. Cujas linhas de base remetem, inquestionavelmente, para aquele que é, também por razões emocionais, o segmento mais procurado nos dias de hoje – o segmento dos SUV. Desta forma e mantendo as linhas já conhecidas que fazem a imagem exterior daquele que foi o primeiro SUV da marca de Barcelona, o Cupra Ateca junta-lhe depois vários pormenores deliciosos de desportivo. Com especial destaque para a racing cor Cobre que reveste não só o logótipo da marca, como também outros pormenores, entre os quais, as bonitas (mas opcionais) jantes de 19″ (820€), a esconderem (mal) um eficaz sistema de travagem Brembo com discos de 18″ (2.218,24€). Elementos a que se junta ainda a inscrição Cupra a Branco, na zona mais baixa do pára-choques, além de vários revestimentos em Preto brilhante, como é o caso das grelhas frontais, moldura das janelas, barras de tejadilho, retrovisores, etc. Com o toque final a ser dado já na traseira, onde dominam dois pares (!) de generosas ponteiras de escape, além de um visível airelon no topo do óculo traseiro, tudo “envolvido” numa pintura exterior Cinzento Graphene (654,41€), que mais parece suplicar “Acelera-me!”.

Interior

9/10

Pontuação: 9/10 Mas se por fora as linhas gerais não escondem a origem SEAT, por dentro, no interior do habitáculo, os princípios pouco ou nada mudam. Com os responsáveis da Cupra a preferirem apostar num subir da qualidade, principalmente, dos revestimentos, que propriamente em criar um ambiente próprio para este modelo inaugural. Ainda assim e apesar da “desvalorização” que esta opção possa transparecer, é preciso não esquecer as vantagens que a mesma acarreta, nomeadamente, em termos da óptima ergonomia e funcionalidade que um habitáculo idêntico ao do Ateca dito “normal” oferece. Embora e no caso deste Cupra, com muitos dos revestimentos em plástico ou borracha, trocados por materiais mais nobres, como a Alcantara ou o couro, além do plástico brilhante. Novo e a estrear, é o painel de instrumentos 100% digital e configurável (embora nem com todos os layouts facilmente legíveis…), bem acompanhado por um volante de pega excelente, em couro perfurado e pespontos exteriores com linha da mesma cor cobre do logótipo da nova marca, que se destaca ao centro. E que acaba sendo um convite à condução tão grande quanto os bancos em couro e Alcantara, de inspiração desportiva, e por isso envolventes, com bons apoios laterais, a proporcionar uma posição de condução suficientemente baixa e integrada. Mas também a não desvalorizar a ajuda dada pela presença de sensores e de um sistema de câmaras 360º, no que à visibilidade traseira diz respeito… Quanto ao resto, a mesma excelente habitabilidade já conhecida do Ateca by SEAT, ajudada por um bom e fácil acesso ao habitáculo, a que se somam ainda vários espaços de arrumação, além de um banco traseiro cujas costas rebatem 60/40. Ficando, no entanto, não somente ligeiramente na perpendicular, como também um pouco mais altas que o piso da bagageira. Que, por sua vez, com os seus 485 litros, acesso amplo e portão de accionamento elétrico, já oferece um bom espaço para arrumar as bagagens.

Equipamento

10/10

Pontuação: 10/10 Modelo inaugural com a responsabilidade de “apresentar” a nova marca ao mercado, o Cupra Ateca surge muito bem equipado, sem renegar, contudo, a “vantagens” de recorrer à lista de opcionais, para obter alguns equipamentos e soluções mais… emblemáticas. Como é caso, por exemplo, das apaixonantes jantes de 19″ de cor Cobre (820€) com pneus Pirelli PZero 245/40 R19, conjugadas com um sistema de travagem fornecido pela Brembo, com discos de 18″ (2.218,24€). Igualmente pagos à parte, são a roda sobressalente de emergência com kit de ferramentas (89,22€), a cor exterior Cinzento Graphene (654,41€), o pacote interior Cupra (0,00€), o sistema de som BeatsAudio (439,59€), o sistema Audi Digital Broadcasting (178,47€), o tecto panorâmico (981,56€), o alarme com função SAFE (223,07€) e o pacote Inverno (334,62€), sinónimo de bancos dianteiros aquecidos, lava faróis, jato de água do lava para-brisas aquecido e indicador de nível do limpa para-brisas. Pelo contrário, garantidos com os quase 56 mil euros que o modelo custa, surgem tecnologias como a caixa DSG7, o sistema de tracção integral 4Drive, o diferencial autoblocante electrónico (XDS), o Perfil de Condução SEAT com botão “Driving Experience” e regulação hidráulica da suspensão, o Front Assist com assistente de travagem em cidade para Cruise Control adaptativo, e o assistente de faixa de rodagem, assistente em transito, Alerta de transito cruzado à retaguarda, detecção de veículos no ângulo morto e assistente de emergência. Igualmente presentes, o  Assistente automático de estacionamento, os faróis dianteiros Full LED, Cruise Control Adaptativo até 210km/h com função “Stop&Go”, Sistema de reconhecimento de cansaço, Câmara 360º, travão de mão eléctrico com função Auto-Hold, sistema de som Media Premium 8″, sistema de Navegação Plus, volante desportivo multifunções em pele com patilhas para caixa DSG, spoiler traseiro e saída de escape dupla. E se a isto ainda somarmos a garantia geral de quatro anos… Excelente, sem dúvida!

Consumos

/10

Pontuação: 8/10 Sejamos racionais: trata-se de um SUV, equipado com um motor 2,0 litros a gasolina de 300 cv, a que não falta sequer um sistema de tracção integral; haverá mesmo alguém que esteja à espera de consumos baixos?!… Partindo deste princípio, a garantia, desde já, da irrealidade que são os 7,4 l/100 km anunciados como média oficial, e que, uma vez transpostos para a dura e crua realidade, acabam transformando-se num valor acima dos 10 l/100 km; 10,7 litros, para sermos mais específicos. E, isto, já com o recurso a um eficaz e interventivo Stop&Start, incapaz, ainda assim, de fazer este SUV desportivo espanhol andar apenas com o cheiro da gasolina…

Ao Volante

10/10

Pontuação: 10/10 Coloquemos as coisas desta forma: o esforço e dedicação dos engenheiros da SEAT, na materialização deste Cupra Ateca, foi de tal ordem, que só não conseguiram mesmo vencer a Física!… Apetrechado com praticamente todos os atributos tecnológicos concebidos para garantir uma eficácia e desempenho a toda a prova – Controlo Electrónico de Estabilidade, suspensão traseira Multilink, tracção integral permanente, diferencial autoblocante electrónico, etc, etc, etc… -, argumentos a que junta ainda uma direcção muito progressiva – só lhe juntávamos mesmo um tudo-nada mais de feedback… – e uma escolha de pneus muito eficaz e desportiva, é caso para dizer que, mais difícil do que lidar com tanta potência, é conseguir com que este SUV espanhol saia da espécie de carris em que parece circular! Pois, é tal a precisão, estabilidade, segurança, que, independentemente da velocidade, exibe, que chega a ser irritante!… Assim, com uma postura e desempenho que invariavelmente nos convidam a aventurarmo-nos, todos os dias, um pouco mais, no desafio da condução, a trazer-nos de volta à realidade, só mesmo as Leis da Física. As quais, mesmo confrontadas com uma carroçaria 10 mm mais próxima do solo que no Ateca “normal”, e equipada com suspensão de amortecimento variável, não deixam de fazer sentir a sua força, também nos ocupantes. Quanto à curiosidade despoletada pela presença de uma opção Offroad, num sistema de modos de condução que conta ainda com mais cinco possibilidades – Comfort, Sport, Cupra, Individual e Neve -, a certeza de que, embora actuando, tal como os restantes, em aspectos como a resposta do motor, tato da direcção, amortecimento da suspensão, actuação do ESP e sonoridade do motor, pouco ou nada será usada. Não apenas porque, nos aspectos sobre os quais tem influência, poucas alterações consegue – a suspensão, por exemplo, continua invariavelmente dura e pouco recomendada para maus pisos -, mas também porque, até as próprias jantes de 19″, a isso não recomendam!

Motor

9/10

Pontuação: 9/10 Recorrendo ao já bem conhecido – e elogiado – quatro cilindros 2.0 TSI utilizado noutras propostas desportivas do grupo Volkswagen, aqui a debitar qualquer coisa como 300 cv de potência e 400 Nm de binário, é caso para dizer que, motor, é coisa que não falta a este Cupra Ateca! E, ainda mais, quando conjugado, como é o caso, com uma não menos famosa, pela competência e eficácia, caixa automática DSG de 7 velocidades. Assim e mesmo com as reticências colocadas, à partida, por um conjunto de patilhas no volante demasiado pequenas, elogie-se, de forma totalmente merecida, o excelente desempenho de um motor com pujança, intensidade, “disparo”, capazes de garantir, entre outros argumentos, uma aceleração dos 0 aos 100 km/h, em não mais que 5,2s. Qualidade a que junta, depois, além de uma subida de regime muito linear… e rápida, um garantido acelerar das pulsações do condutor, a partir do momento em que o ponteiro do conta-rotações passa as 4.000 rpm (red-line aos 6.500 rpm); culpa também, é certo, da sonoridade grossa, funda e desportiva, emanada das quatro ponteiras de escape. Mas a que este Cupra corresponde, sem dúvida, nas prestações!…

Balanço Final

9/10

Pontuação: 9/10 Acabada de chegar ao mercado, a nova marca desportiva da SEAT, Cupra, tem neste Ateca “transformado”, sem dúvida, uma óptima “carta de apresentação”; e que, diga-se, nem mesmo a excessiva colagem visual ao modelo original, consegue borrar! A justificar essa certeza, a conjugação daqueles que são os atributos há muito reconhecidos ao Ateca “original”, com muitos e novos motivos de interesse, importados do mundo dos desportivos – são os pormenores estéticos cativantes, a óptima dotação de equipamento e, acima de tudo, um comportamento e eficácia dinâmica verdadeiramente surpreendentes. Basicamente, trata-se de pura emoção… ao quadrado!

Concorrentes

DS7 Crossback 1.6 PureTech EAT8 Performance Line, 225cv, 8,2 0-100 km/h, 234 km/h, 5,9 l/100 km, 135 g/km CO2, 46 608€ (Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)   Jaguar E-Pace 2.0 Auto. AWD R-Dynamic HSE, 300cv, 6,4s 0-100 km/h, 243 km/h, 8,0 l/100 km, 203 g/km CO2, 80 761€ (Veja o ensaio AQUI)   Volvo XC60 T6 AWD Momentum, 310cv, 6,9s 0-100 km/h, 210 km/h, 7,0 l/100 km, 174 g/km CO2, 68 569€ (Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Ficha Técnica

Motor Tipo: quatro cilindros em linha a gasolina, com injecção directa Common-Rail, turbocompressor de geometria variável e intercooler Cilindrada (cm3): 1.984 Diâmetro x curso (mm): 82.5 x 92.8 Taxa compressão: 9.3 : 1 Potência máxima (cv/rpm): 300/5.300-6.500 Binário máximo (Nm/rpm): 400/2.000-5.200 Transmissão e direcção: Transmissão integral permanente, com caixa automática DSG de dupla embraiagem e sete velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica Suspensão (fr/tr): Independente tipo McPherson / Independente tipo Multibraços Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos Prestações e consumos Aceleração: 0-100 km/h (s): 5,2 Velocidade máxima (km/h): 247 Consumos extra-urbano/urbano/combinado (l/100 km WLTP): 6,5/8,9/7,4 Emissões de CO2 (g/km WLTP): 168 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,376/1,841/1,615 Distância entre eixos (mm): 2,631 Largura das vias (fr/tr) (mm): 1,573/1,547 Peso (kg): 1.577 Capacidade da bagageira (l): 485 Depósito de combustível (l): 55 Pneus (fr/tr): 245/40 R19 / 245/40 R19  

Mais/Menos


Mais

Motor/Caixa de velocidades; Imagem; Comportamento    

Menos

Consumos; Conforto em mau piso; Preço

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 60936€

Preço da versão base (Euros): 55652€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Pontuação: 9/10 Apelando à emoção, ao procurar assumir-se como um verdadeiro desportivo, o Cupra Ateca reforça, desta forma, um apelo que começa, desde logo, no desenho da própria carroçaria. Cujas linhas de base remetem, inquestionavelmente, para aquele que é, também por razões emocionais, o segmento mais procurado nos dias de hoje – o segmento dos SUV. Desta forma e mantendo as linhas já conhecidas que fazem a imagem exterior daquele que foi o primeiro SUV da marca de Barcelona, o Cupra Ateca junta-lhe depois vários pormenores deliciosos de desportivo. Com especial destaque para a racing cor Cobre que reveste não só o logótipo da marca, como também outros pormenores, entre os quais, as bonitas (mas opcionais) jantes de 19″ (820€), a esconderem (mal) um eficaz sistema de travagem Brembo com discos de 18″ (2.218,24€). Elementos a que se junta ainda a inscrição Cupra a Branco, na zona mais baixa do pára-choques, além de vários revestimentos em Preto brilhante, como é o caso das grelhas frontais, moldura das janelas, barras de tejadilho, retrovisores, etc. Com o toque final a ser dado já na traseira, onde dominam dois pares (!) de generosas ponteiras de escape, além de um visível airelon no topo do óculo traseiro, tudo “envolvido” numa pintura exterior Cinzento Graphene (654,41€), que mais parece suplicar “Acelera-me!”.

Interior

Pontuação: 9/10 Mas se por fora as linhas gerais não escondem a origem SEAT, por dentro, no interior do habitáculo, os princípios pouco ou nada mudam. Com os responsáveis da Cupra a preferirem apostar num subir da qualidade, principalmente, dos revestimentos, que propriamente em criar um ambiente próprio para este modelo inaugural. Ainda assim e apesar da “desvalorização” que esta opção possa transparecer, é preciso não esquecer as vantagens que a mesma acarreta, nomeadamente, em termos da óptima ergonomia e funcionalidade que um habitáculo idêntico ao do Ateca dito “normal” oferece. Embora e no caso deste Cupra, com muitos dos revestimentos em plástico ou borracha, trocados por materiais mais nobres, como a Alcantara ou o couro, além do plástico brilhante. Novo e a estrear, é o painel de instrumentos 100% digital e configurável (embora nem com todos os layouts facilmente legíveis…), bem acompanhado por um volante de pega excelente, em couro perfurado e pespontos exteriores com linha da mesma cor cobre do logótipo da nova marca, que se destaca ao centro. E que acaba sendo um convite à condução tão grande quanto os bancos em couro e Alcantara, de inspiração desportiva, e por isso envolventes, com bons apoios laterais, a proporcionar uma posição de condução suficientemente baixa e integrada. Mas também a não desvalorizar a ajuda dada pela presença de sensores e de um sistema de câmaras 360º, no que à visibilidade traseira diz respeito… Quanto ao resto, a mesma excelente habitabilidade já conhecida do Ateca by SEAT, ajudada por um bom e fácil acesso ao habitáculo, a que se somam ainda vários espaços de arrumação, além de um banco traseiro cujas costas rebatem 60/40. Ficando, no entanto, não somente ligeiramente na perpendicular, como também um pouco mais altas que o piso da bagageira. Que, por sua vez, com os seus 485 litros, acesso amplo e portão de accionamento elétrico, já oferece um bom espaço para arrumar as bagagens.

Equipamento

Pontuação: 10/10 Modelo inaugural com a responsabilidade de “apresentar” a nova marca ao mercado, o Cupra Ateca surge muito bem equipado, sem renegar, contudo, a “vantagens” de recorrer à lista de opcionais, para obter alguns equipamentos e soluções mais… emblemáticas. Como é caso, por exemplo, das apaixonantes jantes de 19″ de cor Cobre (820€) com pneus Pirelli PZero 245/40 R19, conjugadas com um sistema de travagem fornecido pela Brembo, com discos de 18″ (2.218,24€). Igualmente pagos à parte, são a roda sobressalente de emergência com kit de ferramentas (89,22€), a cor exterior Cinzento Graphene (654,41€), o pacote interior Cupra (0,00€), o sistema de som BeatsAudio (439,59€), o sistema Audi Digital Broadcasting (178,47€), o tecto panorâmico (981,56€), o alarme com função SAFE (223,07€) e o pacote Inverno (334,62€), sinónimo de bancos dianteiros aquecidos, lava faróis, jato de água do lava para-brisas aquecido e indicador de nível do limpa para-brisas. Pelo contrário, garantidos com os quase 56 mil euros que o modelo custa, surgem tecnologias como a caixa DSG7, o sistema de tracção integral 4Drive, o diferencial autoblocante electrónico (XDS), o Perfil de Condução SEAT com botão “Driving Experience” e regulação hidráulica da suspensão, o Front Assist com assistente de travagem em cidade para Cruise Control adaptativo, e o assistente de faixa de rodagem, assistente em transito, Alerta de transito cruzado à retaguarda, detecção de veículos no ângulo morto e assistente de emergência. Igualmente presentes, o  Assistente automático de estacionamento, os faróis dianteiros Full LED, Cruise Control Adaptativo até 210km/h com função “Stop&Go”, Sistema de reconhecimento de cansaço, Câmara 360º, travão de mão eléctrico com função Auto-Hold, sistema de som Media Premium 8″, sistema de Navegação Plus, volante desportivo multifunções em pele com patilhas para caixa DSG, spoiler traseiro e saída de escape dupla. E se a isto ainda somarmos a garantia geral de quatro anos… Excelente, sem dúvida!

Consumos

Pontuação: 8/10 Sejamos racionais: trata-se de um SUV, equipado com um motor 2,0 litros a gasolina de 300 cv, a que não falta sequer um sistema de tracção integral; haverá mesmo alguém que esteja à espera de consumos baixos?!… Partindo deste princípio, a garantia, desde já, da irrealidade que são os 7,4 l/100 km anunciados como média oficial, e que, uma vez transpostos para a dura e crua realidade, acabam transformando-se num valor acima dos 10 l/100 km; 10,7 litros, para sermos mais específicos. E, isto, já com o recurso a um eficaz e interventivo Stop&Start, incapaz, ainda assim, de fazer este SUV desportivo espanhol andar apenas com o cheiro da gasolina…

Ao volante

Pontuação: 10/10 Coloquemos as coisas desta forma: o esforço e dedicação dos engenheiros da SEAT, na materialização deste Cupra Ateca, foi de tal ordem, que só não conseguiram mesmo vencer a Física!… Apetrechado com praticamente todos os atributos tecnológicos concebidos para garantir uma eficácia e desempenho a toda a prova – Controlo Electrónico de Estabilidade, suspensão traseira Multilink, tracção integral permanente, diferencial autoblocante electrónico, etc, etc, etc… -, argumentos a que junta ainda uma direcção muito progressiva – só lhe juntávamos mesmo um tudo-nada mais de feedback… – e uma escolha de pneus muito eficaz e desportiva, é caso para dizer que, mais difícil do que lidar com tanta potência, é conseguir com que este SUV espanhol saia da espécie de carris em que parece circular! Pois, é tal a precisão, estabilidade, segurança, que, independentemente da velocidade, exibe, que chega a ser irritante!… Assim, com uma postura e desempenho que invariavelmente nos convidam a aventurarmo-nos, todos os dias, um pouco mais, no desafio da condução, a trazer-nos de volta à realidade, só mesmo as Leis da Física. As quais, mesmo confrontadas com uma carroçaria 10 mm mais próxima do solo que no Ateca “normal”, e equipada com suspensão de amortecimento variável, não deixam de fazer sentir a sua força, também nos ocupantes. Quanto à curiosidade despoletada pela presença de uma opção Offroad, num sistema de modos de condução que conta ainda com mais cinco possibilidades – Comfort, Sport, Cupra, Individual e Neve -, a certeza de que, embora actuando, tal como os restantes, em aspectos como a resposta do motor, tato da direcção, amortecimento da suspensão, actuação do ESP e sonoridade do motor, pouco ou nada será usada. Não apenas porque, nos aspectos sobre os quais tem influência, poucas alterações consegue – a suspensão, por exemplo, continua invariavelmente dura e pouco recomendada para maus pisos -, mas também porque, até as próprias jantes de 19″, a isso não recomendam!

Concorrentes

DS7 Crossback 1.6 PureTech EAT8 Performance Line, 225cv, 8,2 0-100 km/h, 234 km/h, 5,9 l/100 km, 135 g/km CO2, 46 608€ (Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)   Jaguar E-Pace 2.0 Auto. AWD R-Dynamic HSE, 300cv, 6,4s 0-100 km/h, 243 km/h, 8,0 l/100 km, 203 g/km CO2, 80 761€ (Veja o ensaio AQUI)   Volvo XC60 T6 AWD Momentum, 310cv, 6,9s 0-100 km/h, 210 km/h, 7,0 l/100 km, 174 g/km CO2, 68 569€ (Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Motor

Pontuação: 9/10 Recorrendo ao já bem conhecido – e elogiado – quatro cilindros 2.0 TSI utilizado noutras propostas desportivas do grupo Volkswagen, aqui a debitar qualquer coisa como 300 cv de potência e 400 Nm de binário, é caso para dizer que, motor, é coisa que não falta a este Cupra Ateca! E, ainda mais, quando conjugado, como é o caso, com uma não menos famosa, pela competência e eficácia, caixa automática DSG de 7 velocidades. Assim e mesmo com as reticências colocadas, à partida, por um conjunto de patilhas no volante demasiado pequenas, elogie-se, de forma totalmente merecida, o excelente desempenho de um motor com pujança, intensidade, “disparo”, capazes de garantir, entre outros argumentos, uma aceleração dos 0 aos 100 km/h, em não mais que 5,2s. Qualidade a que junta, depois, além de uma subida de regime muito linear… e rápida, um garantido acelerar das pulsações do condutor, a partir do momento em que o ponteiro do conta-rotações passa as 4.000 rpm (red-line aos 6.500 rpm); culpa também, é certo, da sonoridade grossa, funda e desportiva, emanada das quatro ponteiras de escape. Mas a que este Cupra corresponde, sem dúvida, nas prestações!…

Balanço final

Pontuação: 9/10 Acabada de chegar ao mercado, a nova marca desportiva da SEAT, Cupra, tem neste Ateca “transformado”, sem dúvida, uma óptima “carta de apresentação”; e que, diga-se, nem mesmo a excessiva colagem visual ao modelo original, consegue borrar! A justificar essa certeza, a conjugação daqueles que são os atributos há muito reconhecidos ao Ateca “original”, com muitos e novos motivos de interesse, importados do mundo dos desportivos – são os pormenores estéticos cativantes, a óptima dotação de equipamento e, acima de tudo, um comportamento e eficácia dinâmica verdadeiramente surpreendentes. Basicamente, trata-se de pura emoção… ao quadrado!

Mais

Motor/Caixa de velocidades; Imagem; Comportamento    

Menos

Consumos; Conforto em mau piso; Preço

Ficha técnica

Motor Tipo: quatro cilindros em linha a gasolina, com injecção directa Common-Rail, turbocompressor de geometria variável e intercooler Cilindrada (cm3): 1.984 Diâmetro x curso (mm): 82.5 x 92.8 Taxa compressão: 9.3 : 1 Potência máxima (cv/rpm): 300/5.300-6.500 Binário máximo (Nm/rpm): 400/2.000-5.200 Transmissão e direcção: Transmissão integral permanente, com caixa automática DSG de dupla embraiagem e sete velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica Suspensão (fr/tr): Independente tipo McPherson / Independente tipo Multibraços Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos Prestações e consumos Aceleração: 0-100 km/h (s): 5,2 Velocidade máxima (km/h): 247 Consumos extra-urbano/urbano/combinado (l/100 km WLTP): 6,5/8,9/7,4 Emissões de CO2 (g/km WLTP): 168 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,376/1,841/1,615 Distância entre eixos (mm): 2,631 Largura das vias (fr/tr) (mm): 1,573/1,547 Peso (kg): 1.577 Capacidade da bagageira (l): 485 Depósito de combustível (l): 55 Pneus (fr/tr): 245/40 R19 / 245/40 R19  

Preço da versão ensaiada (Euros): 60936€
Preço da versão base (Euros): 55652€