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Fique a conhecer os planos de todas as marcas europeias para a mobilidade elétrica (Parte 2)

By on 20 Fevereiro, 2019

LOTUS

Recentemente adquirida pela Geely, a Lotus tem estado em “banho maria”, encostada á Volvo, para beber algum do investimento massivo que a empresa chinesa vai fazer nas suas marcas (Volvo, Lynk&Co e Lotus, fora as chinesas) para avançar para a eletrificação. No caso da Lotus, a Geely quer entrar no mercado dos supercarros – aproveitando o peso que o nome Lotus ainda possui – com um modelo desportivo elétrico que será produzido numa mão cheia de unidades e estabelecer o rumo da marca para o futuro. O carro poder-se-á chamar Omega e os pormenores são escassos. Até porque esse supercarro elétrico ainda pode estar longe de ser uma realidade, pois há que lidar com o peso extra das baterias para assegurar uma performance aceitável durante um tempo minimamente interessante. Ou seja, a Lotus terá de ir ao seu ADN e às ideias de Colin Chapman para honrar a linhagem de veículos leves e ágeis nascidos durante a sua complicada vida.

McLAREN

A história de sucesso da McLaren Automotive terá de ser prolongada com a adesão à eletrificação, pelo que a casa de Woking já tem um plano traçado que verá toda a sua gama ser eletrificada. Segundo a McLaren, em 2022, metade da gama terá já modelos híbridos, em 2032, todos os McLaren serão híbridos. Conforme se percebe, a McLaren não está virada para a eletrificação total, pelo que dificilmente veremos um carro da casa de Woking a ser totalmente elétrico. Razões para isso? A condução de um modelo elétrico ainda não é interessante o suficiente para fazer a troca e por isso não será fácil surgir um McLaren elétrico.

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Carlos Tavares, CEO do PSA Group

PSA GROUP

Carlos Tavares, CEO do grupo PSA, sempre se mostrou frontalmente contra esta onda gigante de eletrificação que ameaça engolir alguns construtores e os lucros da maioria deles. Porém, não deixando de vincar a sua posição, não é insensato ao ponto de colocar o PSA Group à margem da tendência. Por isso, depois do grupo ter feito uma primeira experiência aproveitando uma colaboração com a Mitsubishi, que levou ao nascimento do Citroen C-Zero e do Peugeot iOn em 2011, eis que a PSA mergulha, bem fundo, na questão da eletrificação. Está a preparar vários lançamentos de modelos puramente elétricos, desta feita sem colaboração externa, fazendo tudo em casa. Os modelos híbridos também não faltam no catálogo.

CITROEN

A segunda geração do C4 Cactus será o segundo modelo elétrico da marca (depois do C-Zero…) enquanto um segundo modelo totalmente elétrico destinado ao segmento C, surgirá em 2020. Será uma espécie de isco para perceber se tudo funciona bem e depois, toda a tecnologia será espalhada como vírus pelas marcas do grupo. O estilo dos modelos elétricos terá uma linguagem de estilo próprio, dizem algumas fontes, “á la Citroen”. Seja lá o que isso for, naturalmente. A Citroen tem planos, também, para substituir o C5 e o defunto C6, com uma berlina de topo com motorização elétrica, ao passo que os SUV passarão a oferecer versões híbridas Plug In.

DS

Infelizmente, a aposta de Carlos Tavares não está a dar o rendimento esperado e a marca tem o seu futuro intimamente ligado ao sucesso no mercado chinês, onde a eletrificação avança a um ritmo impressionante. Não espanta, por isso, que o D3 Crossback, um SUV de linhas, digamos, arrojadas, tenha desde o início uma versão puramente elétrica. Chama-se E-Tense, tem um motor elétrico de 135 CV e uma bateria de 50 kWh que lhe oferece uma autonomia de aproximadamente 300 km. A gama DS irá revceber novos modelos como uma berlina de topo que ainda não tem nome, ou número neste caso, mas sabe-se já terá uma versão híbrida PlugIn. Veremos se o sucesso na China vai manter a DS á tona ou a marca desaparecerá.

PEUGEOT

A desfrutar de um sucesso enorme com os modelos SUV e com um 508 de bela cepa, a Peugeot ainda conseguiu roubar as atenções em 2018 com o lançamento do e-Legend, um protótipo elétrico com condução autónoma absolutamente fabuloso. Aproveitando essa onda positiva, a marca do Leão está próxima de completar o trabalho de desenvolvimento de uma versão totalmente elétrica do novo 208, que será revelado ainda este ano. Prepara, também, uma versão EV para o 2008 e vários modelos híbridos “Plug in” vão aparecer na gama Peugeot até 2020, o ano charneira para as marcas. Não está previsto para breve o lançamento de algum modelo puramente elétrico fora das gamas atuais, pois não está no plano desenhado por Carlos Tavares.

OPEL

Debaixo do chapéu PSA, a Opel vai beneficiar dos desenvolvimentos do grupo para oferecer, no novo Corsa, uma versão puramente elétrica. O novo modelo teve de fazer uma inflexão no desenvolvimento, pois vai usar a mesma plataforma do Peugeot 208 e não uma evolução da atual base do Corsa, terá os mesmos motores e a tal versão elétrica denominada eCorsa. Também a nova geração do Mokka X irá receber uma versão totalmente elétrica. Segundo o plano para a Opel, desenhado pela PSA, todas as gamas terão, em 2024, uma variante eletrificada, com o detalhe a ser este: modelos citadinos e utilitários com modelos totalmente elétricos, gamas superiores receberão versões híbridas com tecnologia PlugIn. Na Opel, tal como na Peugeot, não haverá um modelo específico elétrico, todos serão feitos com base em modelos existentes.

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GRUPO RENAULT

A marca francesa tem um “joker” na sua gama chamado Zoe, o único modelo elétrico verdadeiramente acessível e pronto para entrar na massificação da mobilidade elétrica. Além disso, a Renault tem vindo a desenvolver o carro desde o seu lançamento em 2012 e a mais recente versão do Zoe prova que um carro elétrico pode ser interessante, prático e utilitário. Está a caminho a segunda geração do Zoe, que receberá a parte mecânica do Nissan Leaf, e que pode, com a chegada do motor mais potente do Leaf, espoletar aquilo que muitos anseiam há algum tempo, uma versão remexida pela Renault Sport. Provocações á parte, a Renault confirma que tem como objetivo lançar 21 novos modelos até 2022 e que oito deles serão elétricos, sendo que uma dúzia receberá alguma forma de eletrificação, seja o mini híbrido com tecnologia de 48 volts, híbrido convencional ou Plug In. Para os modelos puramente elétricos, a Renault está a desenvolver uma plataforma que será comum á Renault, Nissan e Mitsubishi.

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GRUPO VOLKSWAGEN

Este é o campeão da eletrificação do automóvel. Depois do Dieselgate, que provocou uma mega explosão no setor automóvel, com estilhaços que, ainda hoje, continua a cair um pouco por todo o lado, o grupo Volkswagen atirou-se de cabeça para a piscina elétrica, defendendo a mobilidade elétrica como o futuro e a solução para todos os problemas, do cancro á caspa, passando pelas emissões, pelo salvamento dos ursos polares e pelo fim do aquecimento global. Desejosa de enterrar, bem fundo, as culpas no Dieselgate (escândalo que, recordamos, surgiu depois de uma birra entre Martin Winterkorn e Ferdinand Piech, sobre a liderança do pujante gigante alemão) o grupo Volkswagen decidiu criar uma incineradora de recursos onde já deitou mais de 30 mil milhões de euros para espalhar à palavra, perdão, a eletrificação, a condução autónoma e a conectividade a todas as suas marcas, gamas e produtos. E como os tiques de superioridade não mudam e as bofetadas que levam do mercado não fazem efeito, os líderes do grupo alemão querem ser líderes de mercado na mobilidade elétrica em 2025.

AUDI

O “Vorsprung durch technik” continua a fazer parte do mote da Audi. A liderança pela tecnologia faz parte do ADN da marca e por isso é a Audi quem desempenha um papel fundamental na pesquisa e desenvolvimento da mobilidade elétrica do grupo. E como uma ofensiva não se faz sem um conjunto de soldados, a Audi foi arregimentada e tem estado a fazer avanços decisivos nesta área. Já apresentou o SUV e-Tron em 2018, o primeiro de 18 veículos elétricos que a empresa vai lançar até 2025 e onde se inclui o espetacular e-Tron Sportback e uma versão Audi do Taycan, o e-Tron GT. Haverá um modelo paralelo ao A3 que será totalmente elétrico e serão adicionados cinco novos SUV, totalmente elétricos. Mas há mais: a Audi vai incluir 10 modelos híbridos Plug In até 2025 e alguns modelos vão receber o sistema mini híbrido com 48 volts e motor de arranque/gerador.

BENTLEY

O lançamento do Bentayga híbrido em 2018 foi o pontapé de saída da marca britânica para o admirável novo mundo da eletrificação. E a Bentley parece que vai mergulhar de cabeça com o quarto modelo da sua gama a ser totalmente elétrico (uma berlina de quatro portas) que terá muitas semelhanças ao protótipo EXP12 Speed 6, com data de lançamento aprazada para 2021. A euforia era tamanha que até o Mulsanne deveria ser elétrico, mas a direção da Bentley travou essa ideia e o carro terá um motor convencional, sendo que o máximo de eletrificação será a hibridização.

BUGATTI

Até 2024 não haverá grandes novidades, pois o Chiron só deverá encerrar o ciclo de vida nessa data. Até lá a Bugatti terá tempo de encontrar uma solução para o motor W16 que, sabe-se, será descontinuado nessa altura. Rumores dizem que a Bugatti fará uma complicação (à imagem dos relógios…) que passará por um motor de combustão interna sofisticado, com uma arquitetura inédita e auxílio da eletrificação e tecnologia de 48 volts.

LAMBORGHINI

Está confirmado: o Huracán e o Aventador terão nova geração, mas com motorizações híbridas “Plug In”. Quando isso acontecerá, não sabemos, mas o Huracán Evo acabadinho de ser lançado, vai durar até 2020/2021. Já o Aventador anda por aí há mais tempo e acabará o seu ciclo de vida ou este ano ou então estender-se-á até 2020 para ser substituído ao mesmo tempo que o Huracán. Seja como for, a Lamborghini vai avançar com um protótipo de um supercarro de produção limitada como antevisão do que será o novo Aventador. Tudo isto não quer dizer que a Lamborghini vá abandonar o motor V12, porém terá de o aliar à eletrificação para reduzir consumos e, sobretudo, emissões. O motor será desenvolvido nesse sentido e não custa muito pensar que o Aventador seja o destino desse motor.

PORSCHE

O grupo Volkswagen escolheu a Porsche, um nome forte, para dar luta às Tesla e por isso o Taycan é um dos carros que mais cuidados a casa de Zuffenhausen tem dedicado para não haver falhas e surgir no mercado com poder dominador. Será um rival direto do Tesla Model S e depois receberá uma carrinha que foi antecipada pelo protótipo Mission E Cross Turismo. Ou seja, replica a gama do Panamera. Sabe-se, já, que a Porsche vai lançar um SUV totalmente elétrico em 2022. A Porsche já acabou com os motores diesel na sua gama e está a substitui-los por unidades híbridas, exceto no Macan, onde a resposta à ausência de diesel é feita com um motor de quatro cilindros com 2.0 litros. E em 2022, o 911 voltará a receber atualização e, inevitavelmente, receberá uma mecânica híbrida Plug In com tecnologia 48 volts.

SEAT

A casa espanhola está num nicho diferente e não é uma prioridade a eletrificação. Terá de a fazer devido ás regras apertadas de emissões, mas apenas isso. Por isso mesmo, a marca Cupra não terá eletrificação brevemente, ao contrário do que se passa com o Leon que ainda este ano receberá uma variante híbrida Plug In para em 2020 ou 2021, acolher uma versão ID da Volkswagen com logótipo Seat. Nessas datas, surgirá, também, um SUV totalmente elétrico.

SKODA

A marca checa tem um plano “Five plus Five” ou seja, apresentará cinco modelos eletrificados até 2020 e depois mais cinco até 2025. Destes dez modelos eletrificados, seis serão elétricos e quatro serão híbridos Plug In. Antes do final deste ano, chegarão o Citigo elétrico e um Superb com motorização híbrida a gasolina.

VOLKSWAGEN

A marca de Wolfsburg investiu milhões de euros no desenho e conceção de uma plataforma dedicada à mobilidade elétrica denominada MEB. Tudo para que a marca ID da Volkswagen apresente uma gama muito completa de produtos elétricos e não eletrificados. O primeiro modelo com a base MEB será um veículo semelhante ao Golf e fará a estreia anda este ano, prometendo a VW que o carro terá um preço semelhante ao do Golf. Será o primeiro de uma dúzia de modelo ID que estão a ser ultimados para ser lançados nos próximos anos. Além do modelo referido, existirá um monovolume revivalista que lembra o Pão de Forma, uma berlina de quatro portas e vários SUV, que serão os pilares da gama ID. O “buggy” Manx que já aqui referimos, continua a ser uma forte possibilidade para chegar à produção, dando um ar mais divertido á gama ID. O Manx Buggy será revelado em Genebra.

Claro está que nem todos os Volkswagen vão ser elétricos. Continuarão a existir modelos com motores de combustão interna, com eletrificação ou não, com a Volkswagen a ter a oportunidade de ver a sua média de CO2 ser mais baixa devido à gama ID totalmente elétrica. E sabe-se que o departamento de pesquisa e desenvolvimento acredita, ainda, muito nas capacidades de desenvolvimento dos motores de combustão interna.

VOLVO

A casa sueca propriedade da Geely abraçou a mobilidade elétrica antes de todos, ou não fossem os seus responsáveis executivos suecos muito sensíveis ao ambiente. A Volvo está totalmente comprometida com a eletrificação da sua oferta e acredita que em 2025, metade das suas vendas será de modelos eletrificados. O primeiro modelo totalmente elétrico da Volvo será um carro de cinco portas, inspirado no protótipo 40.2 cumprirá a sua estreia ainda este ano, sendo produzido na China. O resto da gama não avançará para a eletrificação pura, pois há a marca Polestar que terá, ela sim, uma gama totalmente elétrica. Ou seja, os Volvo terão modelos híbridos Plug In e um ou outro modelo elétrico, a Polestar assumirá a oferta elétrica. E aqui termos uma verdadeira avalancha de modelos e depois do Polestar 1 (um coupé com cerca de 600 CV), vem a caminho o Polestar 2, um SUV que vem atacar o Tesla Model X e seguir-se-á o Polestar 3. Mais detalhes sobre a gama Polestar serão revelados ao longo deste ano de 2019.

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