Volvo XC60 D5 AWD R-Design – Ensaio

By on 27 Fevereiro, 2018

Volvo XC60 D5 AWD R-Design

Texto: Filipe Pinto Mesquita

Está bom assim!

Na versão mais potente diesel, a D5, e acoplada com tração integral (AWD) e linha de equipamento R-Design, o Volvo XC60 torna-se um estradista de excelência, que permite ainda utilização polivalente e muitas horas de bem-estar no seu interior. E quando a pressa aperta, também dá para envergonhar muitos pseudo-desportivos. Está bom assim! Por favor, não mexam mais!  

No reino dos SUVs premium dominado pelas marcas alemãs, os construtores germânicos nunca facilitaram. Debaixo de olho, sempre tiveram o Volvo XC60. Mas, desde que foi lançada a última versão do modelo sueco, em 2017, as preocupações e a vigilância apertada subiram de tom, mérito de um produto onde a estética moderna e apelativa, o interior requintado e funcional, as performances convincentes e a segurança como ás de trunfo souberam convencer.  Na versão D5 AWD R-Design, é a Volvo que não facilita. Melhor: contra-ataca!

Conheça todas a versões e motorizações AQUI.


Mais:

Sofisticação tecnológica/Segurança/Performances

 

Menos:

Preço/Sistema de recolha da chapeleira

Exterior

/10

Assente na mesma plataforma do “irmão” mais velho XC90, mas também do “primos” S90/V90, o chassis apresenta-se com o tamanho certo para impressionar. A distância entre eixos de 2865 mm é o “pretexto” certo para a Volvo definir o seu SUV de médio porte com formas de carroçaria equilibradas.

Vincos e arestas no capot e linha de cintura elevada conferem, depois, uma imagem dinâmica e tonificada, com personalidade muito vincada na secção traseira. E por “muito vincada”, entenda-se “muito Volvo”. Também à frente, o original desenho das luzes de presença em LED horizontal, permite identificar facilmente o XC60 como um membro da família sueca. Como alguém diria, ter uma imagem colada aos restantes elementos da família não é defeito. É feitio!

Para “mascarar” o XC60 de SUV desportivo, a linha R-Design é uma excelente opção, dotando-o de elementos específicos como molduras das janelas e retrovisores em cinza mate, ponteira de escape dupla integrada, jantes de liga leve de 21’’, fecho centralizado com comando remoto em couro R-Design, entre outros pequenos pormenores, mas no capítulo dinâmico, aí a história é outra. Mas esperemos até começar a andar, para tirar conclusões mais precisas…

Interior

/10

Espaço e habitabilidade são palavras que encaixam como uma luva no habitáculo do XC60. Os bancos da frente (com estofos Nubuck/couro R-Design) reguláveis eletricamente em altura, comprimento, apoio lombar e “almofada” de pernas não são o cumulo do conforto, mas o mesmo já não se pode dizer da largura de movimentos que proporcionam. Mas, como acontece, em qualquer SUV desta gama, viajar-se-á sempre no “segundo andar”, com visibilidade otimizada, mas com menor sensação de controlo do veículo, que, pela panóplia de sistemas de segurança inerentes, é apenas um aspeto psicológico que o hábito acaba por contornar.

Os lugares traseiros também disponibilizam espaço para “dar e vender”, oferecendo uma agradável sensação de liberdade. Todavia, o passageiro do meio terá sempre que coabitar com a indesejável falta de espaço para os pés, que o túnel de transmissão se encarrega de roubar.

Como espaço não é problema no XC60, não ia ser a bagageira a estragar a reputação do SUV nórdico. 505 litros levam muito material de trabalho, de lazer ou do que mais se quiser, mas os 1432 litros disponíveis, se os bancos de trás não forem necessários dão quase para meter a casa lá dentro (de bonecas, entenda-se!).

Depois, pode-se fechar o enorme portão da bagageira com um simples toque no botão elétrico, do mesmo modo que o “truque mágico” de abrir a mala passando o pé por baixo dela também causa sempre sensação e facilita o acesso ao compartimento traseiro. Menos precisa é a tampa da bagageira que precisa de uma “mão amiga” para voltar à posição normal, depois de fechado o portão, não raras vezes, penalizando a visibilidade traseira. A corrigir, se faz favor, no próximo XC60!

Para além de um libertador (nas sensações que proporciona) e gigante teto panorâmico, regulado eletricamente, o habitáculo também tudo tem a ganhar com a sofisticação tecnológica que tem para oferecer. O centro das atenções está mesmo… no centro… ou mais precisamente no “tablet” vertical Sensus de 12,3’’, preparado para receber toda a profusão de ordens que possa imaginar.

Calma! Ainda não lhe entrega refeições… mas pode acionar praticamente todos os dispositivos de segurança, por “touch screen”, o que, tem como defeito, obriga-lo a tirar os olhos da estrada, mas, se o primeiro que acionar for o alerta de desvio da faixa de rodagem, pelo menos esse primeiro problema está controlado! Climatização (com aquecimento trifásica de bancos e volante), sistema de navegação ou ativação dos quatro modos de condução (“Eco”, “Comfort”, “Off Road” e “Dynamic”) são apenas alguns dos mimos com que o sistema brinda os seus utilizadores.

Equipamento

/10

Sem surpresa, a lista de equipamento do XC60 (qualquer que seja o seu nível – Momentum, R-Design ou Inscription -), é bastante recheada e completando a maior parte das necessidades de condutor e restantes passageiros.

Os sistemas eletrónicos de ajuda à condução predominam, compactados pelo modelo IntelliSafe (que, por exemplo, tanto pode avisar o condutor se a condução se deteriorar, como propor descanso se houver um aviso de atenção, mas também pode alertar para o desvio do limite de velocidade ou ‘jogar’ com o City Safety, propondo a definição do temporizador de alerta de colisão ou ainda a seleção de assistência preferida para o assistente de manutenção na faixa de rodagem) e ajudam a perceber porque é que a Volvo continua na vanguarda da segurança e a fazer disso o seu hino.

Muitos do equipamento de segurança ou conforto vem agregado em Packs, para facilitar a escolha do comprador e, neste caso, específico, o XC60 D5 AWD R-Design apresentou-se ao serviço com os pacotes “IntelliSafe Pro” (1.685€), “Light” (1.181€), “Winter Pro” (1.427€), “Xenium Pro” (3.444€), “Business Connect Pro” (1.956€), “Luxury Seats” (3.038€), “Versatility” (529€).

Equipamento opcional

A versão ensaiada dispunha de múltiplos equipamentos extra, que não fazem parte do pacote de equipamento inicial proposto pela Volvo. Entre eles, há a salientar o fecho de segurança elétrico das portas traseiras (98€), o pneu sobressalente temporário (92€), os vidros traseiros escurecidos (431€), o Premium Sound audio by Bowers and Wilkins (3.075€), o Park Assist Pilot (713€), as patilhas seletoras de velocidade no volante (166€) e a suspensão pneumática Four-C (2337€).

Consumos

/10

Com duas toneladas e 235 cv para “alimentar”, a versão D5 AWD do XC60 não é meiga a consumir. Nem podia! Não que as visitas aos postos de combustíveis sejam uma constante (afinal, o depósito tem 70 litros de capacidade e estamos na presença de um diesel), mas o certo é que fazer consumos abaixo dos 8,5 l/100 km, num misto de percursos, são utópicos, valores que destoam dos 5,5 l/100 km anunciados pela marca.

Ao Volante

/10

Não é de um barco, nem de um camião, mas o motor que equipa este D5, um quatro cilindros sobrealimentado, herdou a tecnologia PowerPulse. Por outras palavras, o sistema reduz o tempo de resposta do turbo e reatividade ao acelerador é praticamente imediata, perante a ordem do pedal direito, cujo curso gere até um máximo de 235 cv. Uma injeção de potência mais do que suficiente para tornar o XC60 expedito e pouco tímido, na altura de mostrar o que vale.

Há sempre força para resolver qualquer situação de estrada mais “embaraçosa”, através de uma faixa de regime elástica, muito bem auxiliada pela caixa automática Geartronic de 8 velocidades (com patilhas no volante), suficientemente rápida para acompanhar o desempenho do propulsor e pouco hesitante naquelas alturas mais “duvidosas”.

A tradicional barreira dos primeiros 100 km/h ultrapassada em apenas 7,2s e os 220 km/h de velocidade máxima anunciada mostram a firmeza de convicções no que as performances diz respeito quando se fala do XC60 D5. Mas… calma! Não embandeiremos em arco. A secção dos SUVs desportivos não é esta! Apesar do R-Design conferir alguns apontamentos desportivos a este Volvo, a sua altura ao solo nunca deixa de nos lembrar que “moramos lá em cima”, sobretudo, no modo de suspensão “Comfort” ou “Eco” onde é premiada a suavidade das suspensões, que, por vezes, parecem estar a “vaguear no espaço”. Claro, que acionado o modo “Dymanic”, o seu endurecimento permite já outro tipo de cumplicidade com ritmos mais elevados, mas sem nunca nos fazer esquecer que estamos ao volante de um SUV.

Com o sistema de tração integral eletrónico que faz a vectorização do binário, explorado ao limite no modo “Off Road”, qualquer incursão fora de estrada pode revelar-se tão divertida como eficiente, até porque as especificações como veículo de TT anunciadas (ângulo de entrada 23,1⁰; ângulo de saída 25,5⁰; ângulo ventral 20,8⁰; altura máxima 216 mm e altura de vau 400 mm) dão algum conforto e confiança para pequenas aventuras.

As boas notícias também aparecem na altura de passar pela portagem uma vez que o XC60 paga apenas Classe 1, num bom incentivo indireto de aquisição.

Balanço Final

/10

O XC60 tem tudo para manter e até ampliar o sucesso da antiga geração do SUV médio da Volvo. Conforto, habitabilidade, qualidade de construção, tecnologia de vanguarda e segurança são os seus “cartões de visita”. Mas a versão D5 AWD R-Design dá-lhe um trago também mais “apimentado”, proporcionando mais emoções na e fora de estrada.

Concorrentes

Alfa Romeo Stelvio Q4 2.2 Diesel 210 AT8 Super (2.1 litros, 210 Cv, 215 km/h, 6.6 s 0-100km/h, 4.8 l/100 km, 127 g/km, 57.800 €)

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Audi Q5 quattro 2.0 TDI 190 S tronic Sport (2.0 litros, 190 Cv, 218 km/h,7.9s 0-100km/h, 4.9 l/100 km, 132 g/km, 63.770 €)

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

BMW X3 xDrive 20d Auto (2.0 litros, 190 Cv, 213km/h, 8.0s 0-100km/h, 5.0 l/100 km, 132 g/km, 58.388 €)

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Ford Edge AWD 2.0 TDCi 210 Powershif Titanium (2.0 litros, 210 Cv, 211 km/h, 9.4s 0-100km/h, 5.8 l/100 km, 149 g/km, 63.676 €)

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Jaguar F-Pace 2.0D 240 AWD Auto Pure (2.0 litros, 240 Cv, 217 km/h, 7.2s 0-100km/h, 5.8 l/100 km, 153 g/km, 69.304 €)

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Range Rover Evoque Sd4 Automático SE (2.0 litros, 240 Cv, 217km/h, 7.3s 0-100km/h, 5.8  l/100 km, 153 g/km, 68.214 €)

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Mercedes-Benz GLC 250d 4MATIC (2.1 litros, 204 Cv, 222 km/h, 7.6s 0-100km/h, 5.0 l/100 km, 129 g/km, 58.100 €)

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Ficha Técnica

Motor

Tipo: quatro cilindros em linha, injeção direta, turbo intercooler

Cilindrada (cm3): 1969

Diâmetro x curso (mm): 82 x 93,2

Taxa de Compressão: 16,2:1

Potência máxima (cv): 235/4000

Binário máximo (Nm/rpm): 480/1750-2250

Transmissão, direção, suspensão e travões

Transmissão e direção: Integral, com caixa automática Geartronic de 8 vel.; direção de pinhão e cremalheira, eletricamente assistida

Suspensão (fr/tr): McPherson Independente com triângulos duplos/Eixo multibraços

Travões (fr/tr): DV/DV

Prestações e Consumos

Aceleração: 0-100 km/h (s): 7,2

Velocidade máxima (km/h): 220

Consumos urbano/extra-urb./misto (l/100 km): 6,1/5,2/5,5

Emissões de CO2 (g/km): 144

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4688/2117/1658

Distância entre eixos (mm): 2865

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1653/1657

Peso (kg): 1879

Capacidade da bagageira (l): 505 (1432 com segunda fila de bancos rebatida)

Depósito de combustível (l): 70

Pneus (fr/tr): 255/40 R21

Mais/Menos


Mais

Sofisticação tecnológica/Segurança/Performances

 

Menos

Preço/Sistema de recolha da chapeleira

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 89934€

Preço da versão base (Euros): 63821€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Assente na mesma plataforma do “irmão” mais velho XC90, mas também do “primos” S90/V90, o chassis apresenta-se com o tamanho certo para impressionar. A distância entre eixos de 2865 mm é o “pretexto” certo para a Volvo definir o seu SUV de médio porte com formas de carroçaria equilibradas.

Vincos e arestas no capot e linha de cintura elevada conferem, depois, uma imagem dinâmica e tonificada, com personalidade muito vincada na secção traseira. E por “muito vincada”, entenda-se “muito Volvo”. Também à frente, o original desenho das luzes de presença em LED horizontal, permite identificar facilmente o XC60 como um membro da família sueca. Como alguém diria, ter uma imagem colada aos restantes elementos da família não é defeito. É feitio!

Para “mascarar” o XC60 de SUV desportivo, a linha R-Design é uma excelente opção, dotando-o de elementos específicos como molduras das janelas e retrovisores em cinza mate, ponteira de escape dupla integrada, jantes de liga leve de 21’’, fecho centralizado com comando remoto em couro R-Design, entre outros pequenos pormenores, mas no capítulo dinâmico, aí a história é outra. Mas esperemos até começar a andar, para tirar conclusões mais precisas…

Interior

Espaço e habitabilidade são palavras que encaixam como uma luva no habitáculo do XC60. Os bancos da frente (com estofos Nubuck/couro R-Design) reguláveis eletricamente em altura, comprimento, apoio lombar e “almofada” de pernas não são o cumulo do conforto, mas o mesmo já não se pode dizer da largura de movimentos que proporcionam. Mas, como acontece, em qualquer SUV desta gama, viajar-se-á sempre no “segundo andar”, com visibilidade otimizada, mas com menor sensação de controlo do veículo, que, pela panóplia de sistemas de segurança inerentes, é apenas um aspeto psicológico que o hábito acaba por contornar.

Os lugares traseiros também disponibilizam espaço para “dar e vender”, oferecendo uma agradável sensação de liberdade. Todavia, o passageiro do meio terá sempre que coabitar com a indesejável falta de espaço para os pés, que o túnel de transmissão se encarrega de roubar.

Como espaço não é problema no XC60, não ia ser a bagageira a estragar a reputação do SUV nórdico. 505 litros levam muito material de trabalho, de lazer ou do que mais se quiser, mas os 1432 litros disponíveis, se os bancos de trás não forem necessários dão quase para meter a casa lá dentro (de bonecas, entenda-se!).

Depois, pode-se fechar o enorme portão da bagageira com um simples toque no botão elétrico, do mesmo modo que o “truque mágico” de abrir a mala passando o pé por baixo dela também causa sempre sensação e facilita o acesso ao compartimento traseiro. Menos precisa é a tampa da bagageira que precisa de uma “mão amiga” para voltar à posição normal, depois de fechado o portão, não raras vezes, penalizando a visibilidade traseira. A corrigir, se faz favor, no próximo XC60!

Para além de um libertador (nas sensações que proporciona) e gigante teto panorâmico, regulado eletricamente, o habitáculo também tudo tem a ganhar com a sofisticação tecnológica que tem para oferecer. O centro das atenções está mesmo… no centro… ou mais precisamente no “tablet” vertical Sensus de 12,3’’, preparado para receber toda a profusão de ordens que possa imaginar.

Calma! Ainda não lhe entrega refeições… mas pode acionar praticamente todos os dispositivos de segurança, por “touch screen”, o que, tem como defeito, obriga-lo a tirar os olhos da estrada, mas, se o primeiro que acionar for o alerta de desvio da faixa de rodagem, pelo menos esse primeiro problema está controlado! Climatização (com aquecimento trifásica de bancos e volante), sistema de navegação ou ativação dos quatro modos de condução (“Eco”, “Comfort”, “Off Road” e “Dynamic”) são apenas alguns dos mimos com que o sistema brinda os seus utilizadores.

Equipamento

Sem surpresa, a lista de equipamento do XC60 (qualquer que seja o seu nível – Momentum, R-Design ou Inscription -), é bastante recheada e completando a maior parte das necessidades de condutor e restantes passageiros.

Os sistemas eletrónicos de ajuda à condução predominam, compactados pelo modelo IntelliSafe (que, por exemplo, tanto pode avisar o condutor se a condução se deteriorar, como propor descanso se houver um aviso de atenção, mas também pode alertar para o desvio do limite de velocidade ou ‘jogar’ com o City Safety, propondo a definição do temporizador de alerta de colisão ou ainda a seleção de assistência preferida para o assistente de manutenção na faixa de rodagem) e ajudam a perceber porque é que a Volvo continua na vanguarda da segurança e a fazer disso o seu hino.

Muitos do equipamento de segurança ou conforto vem agregado em Packs, para facilitar a escolha do comprador e, neste caso, específico, o XC60 D5 AWD R-Design apresentou-se ao serviço com os pacotes “IntelliSafe Pro” (1.685€), “Light” (1.181€), “Winter Pro” (1.427€), “Xenium Pro” (3.444€), “Business Connect Pro” (1.956€), “Luxury Seats” (3.038€), “Versatility” (529€).

Equipamento opcional

A versão ensaiada dispunha de múltiplos equipamentos extra, que não fazem parte do pacote de equipamento inicial proposto pela Volvo. Entre eles, há a salientar o fecho de segurança elétrico das portas traseiras (98€), o pneu sobressalente temporário (92€), os vidros traseiros escurecidos (431€), o Premium Sound audio by Bowers and Wilkins (3.075€), o Park Assist Pilot (713€), as patilhas seletoras de velocidade no volante (166€) e a suspensão pneumática Four-C (2337€).

Consumos

Com duas toneladas e 235 cv para “alimentar”, a versão D5 AWD do XC60 não é meiga a consumir. Nem podia! Não que as visitas aos postos de combustíveis sejam uma constante (afinal, o depósito tem 70 litros de capacidade e estamos na presença de um diesel), mas o certo é que fazer consumos abaixo dos 8,5 l/100 km, num misto de percursos, são utópicos, valores que destoam dos 5,5 l/100 km anunciados pela marca.

Ao volante

Não é de um barco, nem de um camião, mas o motor que equipa este D5, um quatro cilindros sobrealimentado, herdou a tecnologia PowerPulse. Por outras palavras, o sistema reduz o tempo de resposta do turbo e reatividade ao acelerador é praticamente imediata, perante a ordem do pedal direito, cujo curso gere até um máximo de 235 cv. Uma injeção de potência mais do que suficiente para tornar o XC60 expedito e pouco tímido, na altura de mostrar o que vale.

Há sempre força para resolver qualquer situação de estrada mais “embaraçosa”, através de uma faixa de regime elástica, muito bem auxiliada pela caixa automática Geartronic de 8 velocidades (com patilhas no volante), suficientemente rápida para acompanhar o desempenho do propulsor e pouco hesitante naquelas alturas mais “duvidosas”.

A tradicional barreira dos primeiros 100 km/h ultrapassada em apenas 7,2s e os 220 km/h de velocidade máxima anunciada mostram a firmeza de convicções no que as performances diz respeito quando se fala do XC60 D5. Mas… calma! Não embandeiremos em arco. A secção dos SUVs desportivos não é esta! Apesar do R-Design conferir alguns apontamentos desportivos a este Volvo, a sua altura ao solo nunca deixa de nos lembrar que “moramos lá em cima”, sobretudo, no modo de suspensão “Comfort” ou “Eco” onde é premiada a suavidade das suspensões, que, por vezes, parecem estar a “vaguear no espaço”. Claro, que acionado o modo “Dymanic”, o seu endurecimento permite já outro tipo de cumplicidade com ritmos mais elevados, mas sem nunca nos fazer esquecer que estamos ao volante de um SUV.

Com o sistema de tração integral eletrónico que faz a vectorização do binário, explorado ao limite no modo “Off Road”, qualquer incursão fora de estrada pode revelar-se tão divertida como eficiente, até porque as especificações como veículo de TT anunciadas (ângulo de entrada 23,1⁰; ângulo de saída 25,5⁰; ângulo ventral 20,8⁰; altura máxima 216 mm e altura de vau 400 mm) dão algum conforto e confiança para pequenas aventuras.

As boas notícias também aparecem na altura de passar pela portagem uma vez que o XC60 paga apenas Classe 1, num bom incentivo indireto de aquisição.

Concorrentes

Alfa Romeo Stelvio Q4 2.2 Diesel 210 AT8 Super (2.1 litros, 210 Cv, 215 km/h, 6.6 s 0-100km/h, 4.8 l/100 km, 127 g/km, 57.800 €)

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Audi Q5 quattro 2.0 TDI 190 S tronic Sport (2.0 litros, 190 Cv, 218 km/h,7.9s 0-100km/h, 4.9 l/100 km, 132 g/km, 63.770 €)

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

BMW X3 xDrive 20d Auto (2.0 litros, 190 Cv, 213km/h, 8.0s 0-100km/h, 5.0 l/100 km, 132 g/km, 58.388 €)

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Ford Edge AWD 2.0 TDCi 210 Powershif Titanium (2.0 litros, 210 Cv, 211 km/h, 9.4s 0-100km/h, 5.8 l/100 km, 149 g/km, 63.676 €)

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Jaguar F-Pace 2.0D 240 AWD Auto Pure (2.0 litros, 240 Cv, 217 km/h, 7.2s 0-100km/h, 5.8 l/100 km, 153 g/km, 69.304 €)

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Range Rover Evoque Sd4 Automático SE (2.0 litros, 240 Cv, 217km/h, 7.3s 0-100km/h, 5.8  l/100 km, 153 g/km, 68.214 €)

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Mercedes-Benz GLC 250d 4MATIC (2.1 litros, 204 Cv, 222 km/h, 7.6s 0-100km/h, 5.0 l/100 km, 129 g/km, 58.100 €)

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Balanço final

O XC60 tem tudo para manter e até ampliar o sucesso da antiga geração do SUV médio da Volvo. Conforto, habitabilidade, qualidade de construção, tecnologia de vanguarda e segurança são os seus “cartões de visita”. Mas a versão D5 AWD R-Design dá-lhe um trago também mais “apimentado”, proporcionando mais emoções na e fora de estrada.

Mais

Sofisticação tecnológica/Segurança/Performances

 

Menos

Preço/Sistema de recolha da chapeleira

Ficha técnica

Motor

Tipo: quatro cilindros em linha, injeção direta, turbo intercooler

Cilindrada (cm3): 1969

Diâmetro x curso (mm): 82 x 93,2

Taxa de Compressão: 16,2:1

Potência máxima (cv): 235/4000

Binário máximo (Nm/rpm): 480/1750-2250

Transmissão, direção, suspensão e travões

Transmissão e direção: Integral, com caixa automática Geartronic de 8 vel.; direção de pinhão e cremalheira, eletricamente assistida

Suspensão (fr/tr): McPherson Independente com triângulos duplos/Eixo multibraços

Travões (fr/tr): DV/DV

Prestações e Consumos

Aceleração: 0-100 km/h (s): 7,2

Velocidade máxima (km/h): 220

Consumos urbano/extra-urb./misto (l/100 km): 6,1/5,2/5,5

Emissões de CO2 (g/km): 144

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4688/2117/1658

Distância entre eixos (mm): 2865

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1653/1657

Peso (kg): 1879

Capacidade da bagageira (l): 505 (1432 com segunda fila de bancos rebatida)

Depósito de combustível (l): 70

Pneus (fr/tr): 255/40 R21

Preço da versão ensaiada (Euros): 89934€
Preço da versão base (Euros): 63821€