Audi Q3 35 TDI S tronic 4×2 – Ensaio Teste

By on 15 Julho, 2019

Audi Q3 35 TDI S tronic 4×2 S line

Texto: Francisco Cruz

Patinho que virou cisne!

Desde há muito na sombra do irmão best-seller europeu Q5, o “patinho” Audi Q3 tornou-se agora, com a chegada da segunda geração, um verdadeiro cisne – apaixonante na estética, garboso na postura, e bem mais espicaçante na condução. De lamentar, só mesmo o pretensiosismo reflectido no preço e que o coloca à mercê da concorrência…

Conheça todas as versões e motorizações AQUI.


Mais:

Qualidade de construção/materiais; Habitabilidade; Motor/Caixa

 

 

Menos:

Necessidade excessiva de opcionais; Insonorização do motor; Posicionamento do botão do som

Exterior

10/10

Pontuação: 10/10

Ainda que a Estética continue sendo um dos aspectos mais subjectivos no Automóvel, somos tentados a afirmar que novo Audi Q3 é, presentemente, uma das mais belas propostas do segmento dos SUV compactos. Sustentando esta certeza também no facto de, apesar das nossas tentativas em contrário, não termos obtido qualquer opinião menos positiva relativamente à nova linguagem de design materializada no modelo alemão.

Mesmo não sendo propriamente uma revolução face à imagem estreada na primeira geração, mas bem mais um apimentar desse mesmo aspecto exterior, a segunda geração Q3 destaca-se, assim, por um look bem mais agressivo e desportivo. Disfarçando, inclusivamente, aspectos incomparavelmente mais importantes no conjunto, como é o caso do significativo aumento no comprimento (+9,7 cm), na largura (+1,8 cm), e na distância entre eixos (+7,8 cm).

Igualmente a acentuar, no “nosso” Q3, esta postura mais “felina”, opcionais como os faróis Matrix LED com indicadores dinâmicos à frente e atrás (1.865€), por troca com as ópticas LED à frente e indicadores de halogéneo atrás, propostos de fábrica; as jantes em liga leve Audi Sport de 19″ (1.990€), em detrimento da solução de origem de 17″; e a cor exterior Cinza Chronos (820€), a substituir as pinturas lisas Azul Turbo, Branco Íbis e Pulse Orange, sem quaisquer custos acrescidos.

E resulta? Oh, se resulta!…

Interior

10/10

Pontuação: 10/10

Excitante ao primeiro olhar, o Audi Q3 prolonga esse sentimento no interior do habitáculo, onde, a par de uma excelente qualidade de construção e de materiais, sobressai a sensação de sofisticação e requinte. Materializada através de linhas muito sóbrias e sem necessidade de exibicionismos, mas apenas do arrebatamento provocado, entre outros aspectos, pelo toque tecnológico e vanguardista transmitido pelo painel de instrumentos totalmente digital e configurável Audi Virtual Cockpit de 12,3″ (opcional, infelizmente…). Ou ainda pelo ecrã táctil 10,25″, parte do sistema de infoentretenimento MMI, não somente visualmente atraente, como também acessível e intuitivo no operar.

Numa concepção de habitáculo praticamente limpa de botões, com os (poucos) “sobreviventes” a destacarem-se pela excelência no tacto e posicionamento (só não gostámos tanto do local escolhido para o botão do volume, distante do condutor…), realce ainda para a posição de condução, a roçar a perfeição na forma como posiciona o condutor. Ainda que, no caso do “nosso” Q3, acentuada através do recurso a uns opcionais – mas excelentes! – bancos dianteiros desportivos em couro e Alcantara, parte do igualmente opcional pacote desportivo S line. O qual contempla ainda, entre outros equipamentos, pedais e apoio de pé com cobertura metálica.

Ambos com amplos ajustes em todos os sentidos, banco e volante oferecem não só muito conforto e apoio, como também uma boa visibilidade exterior, um pouco mais limitada para trás; mas, ainda assim e graças também à presença de sensores, perfeitamente utilizável…

Graças ao aumento de 7,8 cm na distância entre eixos, melhorias igualmente na habitabilidade, com o Q3 a assumir-se, nesta nova geração, como uma proposta bem mais apta para transportar três adultos no banco traseiro; e, isto, mesmo nos casos em que o assento surge particularmente esculpido, com o pretenso lugar do meio ainda mais saliente. O que, ainda assim, não impede as melhorias perceptíveis, não só no acesso ao habitáculo, como também no espaço para pernas, em largura e em altura…

Finalmente, ganhos, também, na bagageira, a qual apresenta um acréscimo de 215 litros, anunciando, nesta segunda geração, 530 litros de capacidade com os cinco lugares em utilização, ou então 675 litros com o banco traseiro (facilmente) rebatido, na horizontal, 40/20/40. Mantendo-se, depois, o bom e amplo acesso (a abertura/fecho do portão pode ser elétrico…),  além do piso amovível e colocável numa de duas alturas, com a mais alta a garantir um alçapão a toda a dimensão do espaço…

Equipamento

9/10

Pontuação: 8/10

Evolução clara face ao antecessor, a verdade é que, depois, no equipamento, o novo Audi Q3 pouco ou nada mudou, face ao antecessor. Mantendo o mesmo seguidismo, relativamente à nem sempre compreendida política de personalização, a tornar cada vez mais “obrigatório” o recurso aos opcionais pagos à parte…

Assim e apenas para começar, destaque, no caso do Q3 com que saímos para a estrada, para a presença de opcionais como as ópticas Matrix LED com indicadores dinâmicos à frente e atrás (1.865€), as jantes em liga leve Audi Sport de cor titânio mate com pneus 255/40 R19 (1.990€), e a cor exterior Cinza Chronos (820€). Mais-valias a que se juntava ainda o diferenciador pacote desportivo S line (bancos dianteiros desportivos + forro dos tejadilho em tecido preto + inserções decorativas S line em alumínio escovado mate + pedais e apoio de pé em aço inoxidável + soleira das portas iluminada com logotipo S line), por 1.790€.

Igualmente pagos à parte, o volante desportivo multifunções Plus em couro (180€), o atraente pacote de luzes interiores ambiente multicolor (410€), o importante MMI de navegação Plus (2.540€), e o cativante Audi Virtual Cockpit Plus (495€), além do Cruise Control (355€), Audi Smartphone Interface (630€), ar condicionado automático (690€), bancos dianteiros elétricos (820€), banco traseiro rebatível Plus incluindo apoio de braços central e porta-copos (140€), e o sistema elétrico de abertura e fecho da porta da bagageira (575€). Sendo que, presentes, no nosso Q3, estavam ainda os sensores de estacionamento à frente e atrás (880€), e o retrovisor anti-encandeamento automático com sensor de luz e de chuva (205€).

Felizmente, sem custos acrescidos, surgem tecnologias como o painel de instrumentos totalmente digital (básico), o MMI Radio Plus com ecrã de 8,8″, Bluetooth Interface, além de, no domínio da Segurança e Ajuda à Condução, o Assistente de Mudança de Faixa com Aviso de Saída de Faixa, Audi Hold Assist, Auxílio ao Arranque em Subidas, Audi pre sense basic e dianteiro, e Limitador de velocidade ajustável.

Ainda assim, muito pouco, para igualar a quantidade de equipamentos que é preciso ir buscar – e pagar – à extensa lista de opcionais. Os quais. no “nosso” Q3, representavam, nada mais, nada menos, que um acréscimo no preço de 15.285€…

Consumos

/10

Pontuação: 9/10

Mais do que apto para as necessidades de um SUV compacto como é o caso deste Audi Q3, o conhecido turbodiesel 2.0 TDI junta às prestações, consumos não menos atractivos. Anunciados, desde logo, através dos 4,9 l/100 km que são a média oficial avançada pela marca dos quatro anéis…

Assim e ainda que, uma vez colocado à prova na dura realidade, os resultados obtidos por este Q3 não tenham sido tão auspiciosos quanto o inicialmente prometido, a verdade é que os 7,4 l/100 km de média registados por nós, na sequência de uma vivência quase exclusivamente em cidade e sem quaisquer condicionalismos, dificilmente poderão ser considerados um mau resultado. Até porque, estamos certos, é possível fazer melhor!…

Ao Volante

9/10

Pontuação: 9/10

Nesta nova geração tendo por base uma nova plataforma (MQB), apurada com a inclusão de uma nova geometria das suspensões, o novo Audi Q3 exibe, hoje em dia, um felling bem mais desportivo e envolvente que o antecessor, fruto igualmente de uma direcção também ela bem “construída”.

No entanto e mesmo com um pisar mais firme e informativo, o Q3 não deixa de se preocupar com o conforto dos ocupantes, inclusive, quando por pisos mais irregulares ou degradados.  Momentos em que, tal como nos trajectos mais sinuosos ou em cidade, dificilmente perde, tanto a saudável agilidade, como a sensação de estabilidade e segurança.

Convencido, logo à partida, pela óptima posição de condução, a que junta as boas sensações ao volante, não será, assim, preciso muito para que o condutor se deixe levar pelas linhas (mais) desportivas deste SUV alemão e acabe imprimindo andamentos mais despachados. Espicaçado também pelo ótimo e fiável desempenho do conjunto, do qual, diga-se, não resultam repercussões, nem mesmo no ponteiro do gasóleo…

Motor

9/10

Pontuação: 9/10

Envergando designação nova – 35 TDI -, o Audi Q3 com que tivemos oportunidade de realizar este ensaio contava, no entanto, com propulsor já bem conhecido – o famoso quatro cilindros 2,0 litros turbodiesel, naquela que é a sua nova versão de 150 cv de potência e 340 Nm de binário.

Ajudado, de forma exemplar, por uma não menos competente caixa automática S tronic de dupla embraiagem e sete velocidades, este 2.0 TDI prima por uma excelente disponibilidade desde os regimes mais baixos, acrescida de uma rápida capacidade de aceleração e recuperações. Prontamente confirmada, aliás, através de uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em menos de 10s, assim como de uma velocidade máxima anunciada de 207 km/h.

Ainda que, reconheça-se, em particular nos momentos de condução mais intensa, com uma presença (sonora) no habitáculo, que, definitivamente, já não devia acontecer…

Balanço Final

9/10

Pontuação: 9/10

Importante salto qualitativo e até estatutário, relativamente à geração anterior, o novo Audi Q3 assume-se como uma proposta cada vez mais madura e de referência, até mesmo para os rivais mais directos. Justificando-o, não somente através da excelência da construção, materiais e espaço interior, mas também de aspectos como o motor e, principalmente, a maior envolvência na condução.  Tornou-se um cisne, não haja dúvida!…

Concorrentes

BMW X1 sDrive 18d Auto., 150cv, 9,4s 0-100 km/h, 204 km/h, 4,7 l/100 km, 122 g/km CO2, 47 500€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Jaguar E-Pace D150 AWD Auto. R-Dynamic SE, 150cv, 10,7 km/h, 194 km/h, 6,0 l/100 km, 159 g/km CO2, 62 122€

(Veja o ensaio AQUI)

 

Mercedes-Benz GLC Coupé 200 d 4MATIC Linha AMG, 163cv, 8,9s 0-100 km/h, 206 km/h, 6,5 l/100 km, 172 g/km CO2, 73 641,66€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Volvo XC40 D3 Geatronic FWD R-Design, 150cv, 10,2s 0-100 km/h, 200 km/h, 6,0 l/100 km, 157 g/km CO2, 50 449€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Ficha Técnica

Motor

Tipo: quatro cilindros em linha, injecção directa Common-Rail, turbocompressor de geometria variável e intercooler

Cilindrada (cm3): 1.968

Diâmetro x curso (mm): 81.0 x 95.5

Taxa compressão: 16.2:1

Potência máxima (cv/rpm): 150/3.000-4.200

Binário máximo (Nm/rpm): 340/1.750-3.000

Transmissão e direcção: Dianteira, com caixa automática de dupla embraiagem e sete velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica

Suspensão (fr/tr): Tipo McPherson / Multibraços

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos

Prestações e consumos

Aceleração: 0-100 km/h (s): 9,2

Velocidade máxima (km/h): 207

Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,5-4,3/5,4-5,4/4,9-4,7

Emissões de CO2 (g/km): 128-123

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,484/1,849/1,616

Distância entre eixos (mm): 2,680

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.584/1.576

Peso (kg): 1.580

Capacidade da bagageira com duas filas/ uma fila (l): 530/1.525

Depósito de combustível (l): 60

Pneus (fr/tr): 255/40 R19 / 255/40 R19

Preço da versão base não inclui despesas

Mais/Menos


Mais

Qualidade de construção/materiais; Habitabilidade; Motor/Caixa

 

 

Menos

Necessidade excessiva de opcionais; Insonorização do motor; Posicionamento do botão do som

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 67135€

Preço da versão base (Euros): 42000€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Pontuação: 10/10

Ainda que a Estética continue sendo um dos aspectos mais subjectivos no Automóvel, somos tentados a afirmar que novo Audi Q3 é, presentemente, uma das mais belas propostas do segmento dos SUV compactos. Sustentando esta certeza também no facto de, apesar das nossas tentativas em contrário, não termos obtido qualquer opinião menos positiva relativamente à nova linguagem de design materializada no modelo alemão.

Mesmo não sendo propriamente uma revolução face à imagem estreada na primeira geração, mas bem mais um apimentar desse mesmo aspecto exterior, a segunda geração Q3 destaca-se, assim, por um look bem mais agressivo e desportivo. Disfarçando, inclusivamente, aspectos incomparavelmente mais importantes no conjunto, como é o caso do significativo aumento no comprimento (+9,7 cm), na largura (+1,8 cm), e na distância entre eixos (+7,8 cm).

Igualmente a acentuar, no “nosso” Q3, esta postura mais “felina”, opcionais como os faróis Matrix LED com indicadores dinâmicos à frente e atrás (1.865€), por troca com as ópticas LED à frente e indicadores de halogéneo atrás, propostos de fábrica; as jantes em liga leve Audi Sport de 19″ (1.990€), em detrimento da solução de origem de 17″; e a cor exterior Cinza Chronos (820€), a substituir as pinturas lisas Azul Turbo, Branco Íbis e Pulse Orange, sem quaisquer custos acrescidos.

E resulta? Oh, se resulta!…

Interior

Pontuação: 10/10

Excitante ao primeiro olhar, o Audi Q3 prolonga esse sentimento no interior do habitáculo, onde, a par de uma excelente qualidade de construção e de materiais, sobressai a sensação de sofisticação e requinte. Materializada através de linhas muito sóbrias e sem necessidade de exibicionismos, mas apenas do arrebatamento provocado, entre outros aspectos, pelo toque tecnológico e vanguardista transmitido pelo painel de instrumentos totalmente digital e configurável Audi Virtual Cockpit de 12,3″ (opcional, infelizmente…). Ou ainda pelo ecrã táctil 10,25″, parte do sistema de infoentretenimento MMI, não somente visualmente atraente, como também acessível e intuitivo no operar.

Numa concepção de habitáculo praticamente limpa de botões, com os (poucos) “sobreviventes” a destacarem-se pela excelência no tacto e posicionamento (só não gostámos tanto do local escolhido para o botão do volume, distante do condutor…), realce ainda para a posição de condução, a roçar a perfeição na forma como posiciona o condutor. Ainda que, no caso do “nosso” Q3, acentuada através do recurso a uns opcionais – mas excelentes! – bancos dianteiros desportivos em couro e Alcantara, parte do igualmente opcional pacote desportivo S line. O qual contempla ainda, entre outros equipamentos, pedais e apoio de pé com cobertura metálica.

Ambos com amplos ajustes em todos os sentidos, banco e volante oferecem não só muito conforto e apoio, como também uma boa visibilidade exterior, um pouco mais limitada para trás; mas, ainda assim e graças também à presença de sensores, perfeitamente utilizável…

Graças ao aumento de 7,8 cm na distância entre eixos, melhorias igualmente na habitabilidade, com o Q3 a assumir-se, nesta nova geração, como uma proposta bem mais apta para transportar três adultos no banco traseiro; e, isto, mesmo nos casos em que o assento surge particularmente esculpido, com o pretenso lugar do meio ainda mais saliente. O que, ainda assim, não impede as melhorias perceptíveis, não só no acesso ao habitáculo, como também no espaço para pernas, em largura e em altura…

Finalmente, ganhos, também, na bagageira, a qual apresenta um acréscimo de 215 litros, anunciando, nesta segunda geração, 530 litros de capacidade com os cinco lugares em utilização, ou então 675 litros com o banco traseiro (facilmente) rebatido, na horizontal, 40/20/40. Mantendo-se, depois, o bom e amplo acesso (a abertura/fecho do portão pode ser elétrico…),  além do piso amovível e colocável numa de duas alturas, com a mais alta a garantir um alçapão a toda a dimensão do espaço…

Equipamento

Pontuação: 8/10

Evolução clara face ao antecessor, a verdade é que, depois, no equipamento, o novo Audi Q3 pouco ou nada mudou, face ao antecessor. Mantendo o mesmo seguidismo, relativamente à nem sempre compreendida política de personalização, a tornar cada vez mais “obrigatório” o recurso aos opcionais pagos à parte…

Assim e apenas para começar, destaque, no caso do Q3 com que saímos para a estrada, para a presença de opcionais como as ópticas Matrix LED com indicadores dinâmicos à frente e atrás (1.865€), as jantes em liga leve Audi Sport de cor titânio mate com pneus 255/40 R19 (1.990€), e a cor exterior Cinza Chronos (820€). Mais-valias a que se juntava ainda o diferenciador pacote desportivo S line (bancos dianteiros desportivos + forro dos tejadilho em tecido preto + inserções decorativas S line em alumínio escovado mate + pedais e apoio de pé em aço inoxidável + soleira das portas iluminada com logotipo S line), por 1.790€.

Igualmente pagos à parte, o volante desportivo multifunções Plus em couro (180€), o atraente pacote de luzes interiores ambiente multicolor (410€), o importante MMI de navegação Plus (2.540€), e o cativante Audi Virtual Cockpit Plus (495€), além do Cruise Control (355€), Audi Smartphone Interface (630€), ar condicionado automático (690€), bancos dianteiros elétricos (820€), banco traseiro rebatível Plus incluindo apoio de braços central e porta-copos (140€), e o sistema elétrico de abertura e fecho da porta da bagageira (575€). Sendo que, presentes, no nosso Q3, estavam ainda os sensores de estacionamento à frente e atrás (880€), e o retrovisor anti-encandeamento automático com sensor de luz e de chuva (205€).

Felizmente, sem custos acrescidos, surgem tecnologias como o painel de instrumentos totalmente digital (básico), o MMI Radio Plus com ecrã de 8,8″, Bluetooth Interface, além de, no domínio da Segurança e Ajuda à Condução, o Assistente de Mudança de Faixa com Aviso de Saída de Faixa, Audi Hold Assist, Auxílio ao Arranque em Subidas, Audi pre sense basic e dianteiro, e Limitador de velocidade ajustável.

Ainda assim, muito pouco, para igualar a quantidade de equipamentos que é preciso ir buscar – e pagar – à extensa lista de opcionais. Os quais. no “nosso” Q3, representavam, nada mais, nada menos, que um acréscimo no preço de 15.285€…

Consumos

Pontuação: 9/10

Mais do que apto para as necessidades de um SUV compacto como é o caso deste Audi Q3, o conhecido turbodiesel 2.0 TDI junta às prestações, consumos não menos atractivos. Anunciados, desde logo, através dos 4,9 l/100 km que são a média oficial avançada pela marca dos quatro anéis…

Assim e ainda que, uma vez colocado à prova na dura realidade, os resultados obtidos por este Q3 não tenham sido tão auspiciosos quanto o inicialmente prometido, a verdade é que os 7,4 l/100 km de média registados por nós, na sequência de uma vivência quase exclusivamente em cidade e sem quaisquer condicionalismos, dificilmente poderão ser considerados um mau resultado. Até porque, estamos certos, é possível fazer melhor!…

Ao volante

Pontuação: 9/10

Nesta nova geração tendo por base uma nova plataforma (MQB), apurada com a inclusão de uma nova geometria das suspensões, o novo Audi Q3 exibe, hoje em dia, um felling bem mais desportivo e envolvente que o antecessor, fruto igualmente de uma direcção também ela bem “construída”.

No entanto e mesmo com um pisar mais firme e informativo, o Q3 não deixa de se preocupar com o conforto dos ocupantes, inclusive, quando por pisos mais irregulares ou degradados.  Momentos em que, tal como nos trajectos mais sinuosos ou em cidade, dificilmente perde, tanto a saudável agilidade, como a sensação de estabilidade e segurança.

Convencido, logo à partida, pela óptima posição de condução, a que junta as boas sensações ao volante, não será, assim, preciso muito para que o condutor se deixe levar pelas linhas (mais) desportivas deste SUV alemão e acabe imprimindo andamentos mais despachados. Espicaçado também pelo ótimo e fiável desempenho do conjunto, do qual, diga-se, não resultam repercussões, nem mesmo no ponteiro do gasóleo…

Concorrentes

BMW X1 sDrive 18d Auto., 150cv, 9,4s 0-100 km/h, 204 km/h, 4,7 l/100 km, 122 g/km CO2, 47 500€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Jaguar E-Pace D150 AWD Auto. R-Dynamic SE, 150cv, 10,7 km/h, 194 km/h, 6,0 l/100 km, 159 g/km CO2, 62 122€

(Veja o ensaio AQUI)

 

Mercedes-Benz GLC Coupé 200 d 4MATIC Linha AMG, 163cv, 8,9s 0-100 km/h, 206 km/h, 6,5 l/100 km, 172 g/km CO2, 73 641,66€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Volvo XC40 D3 Geatronic FWD R-Design, 150cv, 10,2s 0-100 km/h, 200 km/h, 6,0 l/100 km, 157 g/km CO2, 50 449€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Motor

Pontuação: 9/10

Envergando designação nova – 35 TDI -, o Audi Q3 com que tivemos oportunidade de realizar este ensaio contava, no entanto, com propulsor já bem conhecido – o famoso quatro cilindros 2,0 litros turbodiesel, naquela que é a sua nova versão de 150 cv de potência e 340 Nm de binário.

Ajudado, de forma exemplar, por uma não menos competente caixa automática S tronic de dupla embraiagem e sete velocidades, este 2.0 TDI prima por uma excelente disponibilidade desde os regimes mais baixos, acrescida de uma rápida capacidade de aceleração e recuperações. Prontamente confirmada, aliás, através de uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em menos de 10s, assim como de uma velocidade máxima anunciada de 207 km/h.

Ainda que, reconheça-se, em particular nos momentos de condução mais intensa, com uma presença (sonora) no habitáculo, que, definitivamente, já não devia acontecer…

Balanço final

Pontuação: 9/10

Importante salto qualitativo e até estatutário, relativamente à geração anterior, o novo Audi Q3 assume-se como uma proposta cada vez mais madura e de referência, até mesmo para os rivais mais directos. Justificando-o, não somente através da excelência da construção, materiais e espaço interior, mas também de aspectos como o motor e, principalmente, a maior envolvência na condução.  Tornou-se um cisne, não haja dúvida!…

Mais

Qualidade de construção/materiais; Habitabilidade; Motor/Caixa

 

 

Menos

Necessidade excessiva de opcionais; Insonorização do motor; Posicionamento do botão do som

Ficha técnica

Motor

Tipo: quatro cilindros em linha, injecção directa Common-Rail, turbocompressor de geometria variável e intercooler

Cilindrada (cm3): 1.968

Diâmetro x curso (mm): 81.0 x 95.5

Taxa compressão: 16.2:1

Potência máxima (cv/rpm): 150/3.000-4.200

Binário máximo (Nm/rpm): 340/1.750-3.000

Transmissão e direcção: Dianteira, com caixa automática de dupla embraiagem e sete velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica

Suspensão (fr/tr): Tipo McPherson / Multibraços

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos

Prestações e consumos

Aceleração: 0-100 km/h (s): 9,2

Velocidade máxima (km/h): 207

Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,5-4,3/5,4-5,4/4,9-4,7

Emissões de CO2 (g/km): 128-123

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,484/1,849/1,616

Distância entre eixos (mm): 2,680

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.584/1.576

Peso (kg): 1.580

Capacidade da bagageira com duas filas/ uma fila (l): 530/1.525

Depósito de combustível (l): 60

Pneus (fr/tr): 255/40 R19 / 255/40 R19

Preço da versão base não inclui despesas

Preço da versão ensaiada (Euros): 67135€
Preço da versão base (Euros): 42000€