Seat Arona 1.0 TSI Xcellence – Ensaio Teste

By on 17 Abril, 2018

Seat Arona 1.0 TSI Xcellence    

Texto: Filipe Pinto Mesquita

De Espanha, bons ventos e bons casamentos

O SEAT Arona combina imagem moderna, com versatilidade e espírito familiar e o motor 1.0 TSI encaixa que nem uma luva no SUV nas pretensões do mais pequeno da marca espanhola. Desta vez, de Espanha os ventos sopram a favor e a união prevê-se duradoura!

Cada vez mais é difícil fazer a diferença no segmento dos SUV ou não fosse a oferta assinalável. Arriscar ou não é, por isso, uma atitude muito bem medida por cada construtor que se aventura no seguimento ainda em franca exploração e que mais cresceu nos últimos anos no heterógeno mundo automóvel. Uma imagem demasiado radical pode comprometer o sucesso, onde os clientes são, por norma, jovens e vanguardistas, mas minimamente moderados. Consciente deste perigo e do que vale o segmento destes em termos de mercado, a SEAT preferiu não colocar todas as “cartas em cima da mesa”, optando, com o novo Arona, por jogar pelo seguro, oferecendo antes diversas formas de personalização. Por outras palavras, passou os “riscos” para os clientes. E não se pode dizer que não seja uma atitude inteligente!

Conheça todas as versões e motorizações AQUI.


Mais:

Versatilidade/Possibilidades de personalização/Habitabilidade

 

Menos:

Falta de luz no porta-luvas/Falta de pegas

Exterior

/10

Com 4138 mm de comprimento, 1780 mm de largura e 1552 mm de altura, o Arona está dentro dos padrões estéticos do segmento dos pequenos SUV, pensados à medida das grandes metrópoles. A identidade da marca espanhola está firmemente definida na dianteira e traseira onde o desenho das óticas e grelha dianteira não esconde o ar de família SEAT, com o Arona a respirar jovialidade no design. Em parte, muito do seu aspeto dinâmico e moderno deve-se à excelente combinação feita a partir do último pilar, onde esta versão Xcellence se destaca pela originalidade decorativa, oferecendo um “X” gravado a meio do pilar C, que serve como ponto de partida para secção do tejadilho pintada de preto, cinza ou laranja, que acaba por tornar o Arona verdadeiramente original e diferenciador. As barras cromadas no tejadilho, os plásticos negros em redor das rodas e as aplicações anteriores em cinza, tanto por baixo da grelha dianteiro, como cortando o para-choques traseiro, enfocam um espírito mais desportivo ao utilitário “vestido” de SUV. Mas, o que não faltam são possibilidades de personalização, com 68 combinações de cores entre carroçaria e tejadilho.

Interior

/10

Ainda que as opiniões sejam sempre relativas, podemos arriscar dizer que o Arona dividiu os seus trunfos pelo exterior e pelo interior. Tal como do lado de fora, também no habitáculo não há qualquer indício de ambiente pesado, com a habitabilidade, o design e a modernidade a conviverem de forma saudável, sem qualquer atropelo ou desequilíbrio para uma das partes.

Se começarmos pela análise do espaço é possível encontrar cinco lugares, que, como é pratica comum neste segmento se tornam apenas quatro, se o objetivo for viajar à vontade e sem o contacto com o parceiro do lado. Para além do mais, o túnel de transmissão afeta o conforto do lugar do meio do banco traseiro, deixando o terceiro passageiro com difíceis opções de escolha para colocar os pés. Mas, quando isso é um mal geral, em veículos até muito maiores, não pode ser apontado como um enorme defeito. À frente, há espaço para ninguém se queixar, embora o condutor possa ter alguma dificuldade em encontrar a posição perfeita de condução. E note-se, dissemos “perfeita”, não… uma boa posição de condução! Mais ou menos na posição ideal, quem vai ao volante vai sempre viajar numa posição elevada, própria de um SUV, com claras vantagens para a visibilidade e, neste caso, beneficiando até de algum “egocentrismo” uma vez que tem a consola central ligeiramente virada para si. A distância ao tejadilho ajuda a consolidar a imagem de boa habitabilidade, sendo que não é a capacidade da bagageira, de fácil acesso, que vai “manchar” o capítulo do espaço interior. Os 400 litros disponíveis são configuráveis, devido ao alçapão ajustável, crescendo até a um máximo 1280 litros com a segunda fila de bancos rebatida na totalidade e o fundo a ficar totalmente plano.

Na forma como foi aproveitado o espaço interior, destaque também para o pequeno espaço abaixo da consola central, especialmente desenhado para receber o telemóvel e preparado para o carregar por indução.

E por falar em tecnologia, o monitor central tátil onde está alojada todo o sistema de infoentretenimento, é outra das estrelas do habitáculo, neste nível Xcellence, com funções/informações de rádio, media, navegação, trânsito, imagens, telefone, veículo, som, ajustes e Full Link (onde se poderá replicar as principais funções do seu smartphone), que abarcam praticamente todas as necessidades de quem não dispensa “viver” num mundo tecnologicamente desenvolvido.

Equipamento

/10

De série é possível encontrar o seguinte equipamento nesta versão do Arona, de resto, comum a todas as outras versões do modelo: ABS, ESC, kit antifuro, direção assistida, parachoques pintados na cor da carroçaria com molduras de proteção, ISOFIX e o Top Tether com pontos de ancoragem nos bancos laterais traseiros, banco do condutor regulável em altura, banco traseiro rebatível assimetricamente, encostos de cabeça traseiros, barras de tejadilho na cor preto, fecho centralizado com controlo remoto, vidros dianteiros e traseiros elétricos, dois airbags dianteiros com desativação do airbag do passageiro, airbags laterais dianteiros e airbags de cortina, sistema de monitorização de condução “Front Assist”, espelhos retrovisores com regulação elétrica, controlo de pressão de pneus e função “start/stop” com recuperação do motor com recuperação de energia na travagem. A considerar há também os faróis dianteiros com dupla ótica com luzes diurnas de halogéneo, aviso de colocação de cinto de segurança, comutador de bordo “Basic” com display multifunções e sistema Hill Hold.

Equipamento opcional

Mas, como sempre acontece, a lista de opcionais também é generosa. Nela estão integrados a câmara de visão traseira + Park Assist (inclui sensores de estacionamento dianteiros e traseiros), o Digital Audio Broadcasting (DAB), o sistema de som BEATS AUDIO (inclui bagageira com compartimento revestido, amplificador 300W, 6 altifalantes premium e 1 subwoofer) (implica roda suplente reduzida de 18’’), o Pacote Easy (sistema Keyless sem função SAFE + cruise control adaptativo), as jantes de liga leve 17’’ DYNAMIC 26/2 maquinadas, faróis SEAT Full LED (farolins traseiros com LEDs + regulação automática e dinâmica do alcance dos faróis dianteiros + iluminação na zona dos pés na parte dianteira & Consola central LED + Faróis dianteiros LED + iluminação interior ambiente), a cartografia Europa (com Mapcare) e o sistema assistente de deteção de viaturas no ângulo motor e alerta de tráfego à retaguarda.

Também é possível concentrar o equipamento em pack’s. O Pacote Connectivity Plus é um bom exemplo, incluindo sistema de navegação: ecrã tátil 8″ a cores + Bluetooth + Antena de receção AM/FM com busca automática + Conexão Aux-in e 2 portas USB + Leitor de CD + 2 entrada para cartão SD + 6 altifalantes + Reconhecimento de voz + SEAT Full Link

– carregador por indução + amplificador de sinal GSM), mas não o único. Também poderá optar pelo Pacote inverno, que inclui espelhos retrovisores elétricos e aquecidos, bancos dianteiros aquecidos e com regulação em altura e jato de água do limpa para-brisas aquecido.

Consumos

/10

Um “mil” com 115 cv? Isso deve estar puxadíssimo! Esta é a primeira impressão que temos quando olhamos para a ficha técnica deste Arona e que nos faz ficar alerta para os consumos. Mas, a tecnologia evolui tanto, que não há razões para preocupações. Com apenas três cilindros, as idas à bomba de gasolina para abastecer vão ser menores do que à primeira vista se faria prever já que os consumos reais, numa condução mista e sem grandes poupanças não ultrapassam os 6,5 l/100 km. Longe dos 4,9 l/100 km/h anunciados, é certo, mas, ainda assim, longe de deixar os cabelos em pé!

Ao Volante

/10

Herdando a plataforma MQB do Ibiza, o ás de trunfo da SEAT para o segmento B-SUV aparece, na proposta ensaiada, com o já conhecido motor de 3 cilindros, 1.0 TSI, capaz de entregar 115 cv de potência. Muito mais agradável a baixa e a médias rotações, este Arona continua a ter força em altas, só que parece perder alguma “masculinidade” quando a sua “voz esganiçada”, própria dos 3 cilindros, se tenta impor e deixa de soar bem ao ouvido. Felizmente, o binário de 200 Nm entre as 2000 e as 3500 rpm, é suficiente para resolver as mais pacatas situações de estrada, poupando-nos da deselegante “música”, que só temos que ouvir quando é preciso espremer todo o “sumo” deste motor. Com a uma caixa de seis velocidades manual (a opção de caixa automática DSG custa mais 1.400 €) de bom tato, precisa e com relações de escalonamento longo, é notório que o Arona não nasceu para corridas de semáforos, mas sim para se desenvencilhar de forma fugaz na cidade. E na selva urbana, fá-lo, sem dúvida, com alma e genica.

De resto, no rolamento dinâmico, sem as modernices das suspensões ativas, o conforto é bem conseguido à custa de uma bem trabalhada afinação de suspensão de compromisso que equilibra a condução, ora quando o ritmo e as abordagens às curvas são mais espicaçadas, ora quando o objetivo é viajar de forma suave e confortável. Para esse conforto sob o asfalto também contribui a direção, que serve de eficaz filtro entre a suspensão e o condutor, menos nos pisos mais degradados e irregulares, onde faz questão de nos lembrar que, neste tipo de piso, a suspensão podia ser mais “astuta”. Nada de verdadeiramente grave, todavia.

Balanço Final

/10

Num segmento carregado de opções concorrenciais, o SEAT Arona não tem nada de excecional, mas tem (quase) tudo bem feito. É agradável à vista e espelha de forma eficaz a vocação familiar com a qual foi concebido para lidar. Tecnologicamente, está “na onda”, mostrando-se solícito quando confrontado com as principais necessidades atuais de uma clientela moderna para o qual foi pensado. A única versão a gasolina também apresenta consumos sensatos, podendo ser, por menos cerca de 4.200 € que a versão equivalente diesel, uma opção mais interessante a considerar.

Concorrentes

Citroën C3 Aircross 1.2 PureTech 130 S&S CVM Shine com 130 cv a partir de 21.407

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Fiat 500 X 1.4 MultiAir Cross DCT com 140 cv a partir 26.500 €

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Ford Ecosport 1.0 EcoBoost Business Edition com 125 cv a partir de 21.096€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Hyundai Kauai 1.0 T-GDi Premium com 120 cv a partir de 20.160 €

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Kia Stonic 1.0 T-GDi  ISG EX com 120 cv a partir de 20.417 €

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Nissan Juke 1.2G DIG-T Acenta com 115 cv a partir de 19.325 €

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Opel Mokka X 1.4 Turbo 140 cv Innovation com 140 cv a partir de 25.420 €

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Peugeot 2008 1.2 PureTech 130 Allure com 130 cv a partir de 23.350 €

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Renault Captur TCe 120 Exclusive com 120 cv a partir de 21.000 €

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Suzuki Vitara 1.6L VVT 4×2 GL com 120 cv a partir de 20.156 €

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Volkswagen T-Roc 1.0 TSI 115 cv com 115 cv a partir de 23.659 €

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Ficha Técnica

Motor

Tipo: 3 cilindros em linha, injeção direta, turbo

Cilindrada (cm3): 999

Diâmetro x curso (mm): 74,5 x 76,4

Taxa de Compressão: 10,5: 1

Potência máxima (cv): 115/5000-5500

Binário máximo (Nm/rpm): 200/2000-3500

 Transmissão, direção, suspensão e travões

Transmissão e direção: Dianteira, com caixa manual de 6 velocidades; direção de pinhão e cremalheira, assistida

Suspensão (fr/tr): Independente McPherson/Eixo de torção

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos

 Prestações e Consumos

Aceleração: 0-100 km/h (s): 9,8

Velocidade máxima (km/h): 182

Consumos urbano/extra-urb./misto (l/100 km): 5,9/4,3/4,9

Emissões de CO2 (g/km): 113

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4138/1780/1552

Distância entre eixos (mm): 2566

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1503/1486

Peso (kg): 1262

Capacidade da bagageira (l): 400 (1280 com segunda fila de bancos rebatida)

Depósito de combustível (l): 40

Pneus (fr/tr): 205/60 R16

Mais/Menos


Mais

Versatilidade/Possibilidades de personalização/Habitabilidade

 

Menos

Falta de luz no porta-luvas/Falta de pegas

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Com 4138 mm de comprimento, 1780 mm de largura e 1552 mm de altura, o Arona está dentro dos padrões estéticos do segmento dos pequenos SUV, pensados à medida das grandes metrópoles. A identidade da marca espanhola está firmemente definida na dianteira e traseira onde o desenho das óticas e grelha dianteira não esconde o ar de família SEAT, com o Arona a respirar jovialidade no design. Em parte, muito do seu aspeto dinâmico e moderno deve-se à excelente combinação feita a partir do último pilar, onde esta versão Xcellence se destaca pela originalidade decorativa, oferecendo um “X” gravado a meio do pilar C, que serve como ponto de partida para secção do tejadilho pintada de preto, cinza ou laranja, que acaba por tornar o Arona verdadeiramente original e diferenciador. As barras cromadas no tejadilho, os plásticos negros em redor das rodas e as aplicações anteriores em cinza, tanto por baixo da grelha dianteiro, como cortando o para-choques traseiro, enfocam um espírito mais desportivo ao utilitário “vestido” de SUV. Mas, o que não faltam são possibilidades de personalização, com 68 combinações de cores entre carroçaria e tejadilho.

Interior

Ainda que as opiniões sejam sempre relativas, podemos arriscar dizer que o Arona dividiu os seus trunfos pelo exterior e pelo interior. Tal como do lado de fora, também no habitáculo não há qualquer indício de ambiente pesado, com a habitabilidade, o design e a modernidade a conviverem de forma saudável, sem qualquer atropelo ou desequilíbrio para uma das partes.

Se começarmos pela análise do espaço é possível encontrar cinco lugares, que, como é pratica comum neste segmento se tornam apenas quatro, se o objetivo for viajar à vontade e sem o contacto com o parceiro do lado. Para além do mais, o túnel de transmissão afeta o conforto do lugar do meio do banco traseiro, deixando o terceiro passageiro com difíceis opções de escolha para colocar os pés. Mas, quando isso é um mal geral, em veículos até muito maiores, não pode ser apontado como um enorme defeito. À frente, há espaço para ninguém se queixar, embora o condutor possa ter alguma dificuldade em encontrar a posição perfeita de condução. E note-se, dissemos “perfeita”, não… uma boa posição de condução! Mais ou menos na posição ideal, quem vai ao volante vai sempre viajar numa posição elevada, própria de um SUV, com claras vantagens para a visibilidade e, neste caso, beneficiando até de algum “egocentrismo” uma vez que tem a consola central ligeiramente virada para si. A distância ao tejadilho ajuda a consolidar a imagem de boa habitabilidade, sendo que não é a capacidade da bagageira, de fácil acesso, que vai “manchar” o capítulo do espaço interior. Os 400 litros disponíveis são configuráveis, devido ao alçapão ajustável, crescendo até a um máximo 1280 litros com a segunda fila de bancos rebatida na totalidade e o fundo a ficar totalmente plano.

Na forma como foi aproveitado o espaço interior, destaque também para o pequeno espaço abaixo da consola central, especialmente desenhado para receber o telemóvel e preparado para o carregar por indução.

E por falar em tecnologia, o monitor central tátil onde está alojada todo o sistema de infoentretenimento, é outra das estrelas do habitáculo, neste nível Xcellence, com funções/informações de rádio, media, navegação, trânsito, imagens, telefone, veículo, som, ajustes e Full Link (onde se poderá replicar as principais funções do seu smartphone), que abarcam praticamente todas as necessidades de quem não dispensa “viver” num mundo tecnologicamente desenvolvido.

Equipamento

De série é possível encontrar o seguinte equipamento nesta versão do Arona, de resto, comum a todas as outras versões do modelo: ABS, ESC, kit antifuro, direção assistida, parachoques pintados na cor da carroçaria com molduras de proteção, ISOFIX e o Top Tether com pontos de ancoragem nos bancos laterais traseiros, banco do condutor regulável em altura, banco traseiro rebatível assimetricamente, encostos de cabeça traseiros, barras de tejadilho na cor preto, fecho centralizado com controlo remoto, vidros dianteiros e traseiros elétricos, dois airbags dianteiros com desativação do airbag do passageiro, airbags laterais dianteiros e airbags de cortina, sistema de monitorização de condução “Front Assist”, espelhos retrovisores com regulação elétrica, controlo de pressão de pneus e função “start/stop” com recuperação do motor com recuperação de energia na travagem. A considerar há também os faróis dianteiros com dupla ótica com luzes diurnas de halogéneo, aviso de colocação de cinto de segurança, comutador de bordo “Basic” com display multifunções e sistema Hill Hold.

Equipamento opcional

Mas, como sempre acontece, a lista de opcionais também é generosa. Nela estão integrados a câmara de visão traseira + Park Assist (inclui sensores de estacionamento dianteiros e traseiros), o Digital Audio Broadcasting (DAB), o sistema de som BEATS AUDIO (inclui bagageira com compartimento revestido, amplificador 300W, 6 altifalantes premium e 1 subwoofer) (implica roda suplente reduzida de 18’’), o Pacote Easy (sistema Keyless sem função SAFE + cruise control adaptativo), as jantes de liga leve 17’’ DYNAMIC 26/2 maquinadas, faróis SEAT Full LED (farolins traseiros com LEDs + regulação automática e dinâmica do alcance dos faróis dianteiros + iluminação na zona dos pés na parte dianteira & Consola central LED + Faróis dianteiros LED + iluminação interior ambiente), a cartografia Europa (com Mapcare) e o sistema assistente de deteção de viaturas no ângulo motor e alerta de tráfego à retaguarda.

Também é possível concentrar o equipamento em pack’s. O Pacote Connectivity Plus é um bom exemplo, incluindo sistema de navegação: ecrã tátil 8″ a cores + Bluetooth + Antena de receção AM/FM com busca automática + Conexão Aux-in e 2 portas USB + Leitor de CD + 2 entrada para cartão SD + 6 altifalantes + Reconhecimento de voz + SEAT Full Link

– carregador por indução + amplificador de sinal GSM), mas não o único. Também poderá optar pelo Pacote inverno, que inclui espelhos retrovisores elétricos e aquecidos, bancos dianteiros aquecidos e com regulação em altura e jato de água do limpa para-brisas aquecido.

Consumos

Um “mil” com 115 cv? Isso deve estar puxadíssimo! Esta é a primeira impressão que temos quando olhamos para a ficha técnica deste Arona e que nos faz ficar alerta para os consumos. Mas, a tecnologia evolui tanto, que não há razões para preocupações. Com apenas três cilindros, as idas à bomba de gasolina para abastecer vão ser menores do que à primeira vista se faria prever já que os consumos reais, numa condução mista e sem grandes poupanças não ultrapassam os 6,5 l/100 km. Longe dos 4,9 l/100 km/h anunciados, é certo, mas, ainda assim, longe de deixar os cabelos em pé!

Ao volante

Herdando a plataforma MQB do Ibiza, o ás de trunfo da SEAT para o segmento B-SUV aparece, na proposta ensaiada, com o já conhecido motor de 3 cilindros, 1.0 TSI, capaz de entregar 115 cv de potência. Muito mais agradável a baixa e a médias rotações, este Arona continua a ter força em altas, só que parece perder alguma “masculinidade” quando a sua “voz esganiçada”, própria dos 3 cilindros, se tenta impor e deixa de soar bem ao ouvido. Felizmente, o binário de 200 Nm entre as 2000 e as 3500 rpm, é suficiente para resolver as mais pacatas situações de estrada, poupando-nos da deselegante “música”, que só temos que ouvir quando é preciso espremer todo o “sumo” deste motor. Com a uma caixa de seis velocidades manual (a opção de caixa automática DSG custa mais 1.400 €) de bom tato, precisa e com relações de escalonamento longo, é notório que o Arona não nasceu para corridas de semáforos, mas sim para se desenvencilhar de forma fugaz na cidade. E na selva urbana, fá-lo, sem dúvida, com alma e genica.

De resto, no rolamento dinâmico, sem as modernices das suspensões ativas, o conforto é bem conseguido à custa de uma bem trabalhada afinação de suspensão de compromisso que equilibra a condução, ora quando o ritmo e as abordagens às curvas são mais espicaçadas, ora quando o objetivo é viajar de forma suave e confortável. Para esse conforto sob o asfalto também contribui a direção, que serve de eficaz filtro entre a suspensão e o condutor, menos nos pisos mais degradados e irregulares, onde faz questão de nos lembrar que, neste tipo de piso, a suspensão podia ser mais “astuta”. Nada de verdadeiramente grave, todavia.

Concorrentes

Citroën C3 Aircross 1.2 PureTech 130 S&S CVM Shine com 130 cv a partir de 21.407

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Fiat 500 X 1.4 MultiAir Cross DCT com 140 cv a partir 26.500 €

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Ford Ecosport 1.0 EcoBoost Business Edition com 125 cv a partir de 21.096€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Hyundai Kauai 1.0 T-GDi Premium com 120 cv a partir de 20.160 €

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Kia Stonic 1.0 T-GDi  ISG EX com 120 cv a partir de 20.417 €

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Nissan Juke 1.2G DIG-T Acenta com 115 cv a partir de 19.325 €

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Opel Mokka X 1.4 Turbo 140 cv Innovation com 140 cv a partir de 25.420 €

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Peugeot 2008 1.2 PureTech 130 Allure com 130 cv a partir de 23.350 €

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Renault Captur TCe 120 Exclusive com 120 cv a partir de 21.000 €

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Suzuki Vitara 1.6L VVT 4×2 GL com 120 cv a partir de 20.156 €

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Volkswagen T-Roc 1.0 TSI 115 cv com 115 cv a partir de 23.659 €

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Balanço final

Num segmento carregado de opções concorrenciais, o SEAT Arona não tem nada de excecional, mas tem (quase) tudo bem feito. É agradável à vista e espelha de forma eficaz a vocação familiar com a qual foi concebido para lidar. Tecnologicamente, está “na onda”, mostrando-se solícito quando confrontado com as principais necessidades atuais de uma clientela moderna para o qual foi pensado. A única versão a gasolina também apresenta consumos sensatos, podendo ser, por menos cerca de 4.200 € que a versão equivalente diesel, uma opção mais interessante a considerar.

Mais

Versatilidade/Possibilidades de personalização/Habitabilidade

 

Menos

Falta de luz no porta-luvas/Falta de pegas

Ficha técnica

Motor

Tipo: 3 cilindros em linha, injeção direta, turbo

Cilindrada (cm3): 999

Diâmetro x curso (mm): 74,5 x 76,4

Taxa de Compressão: 10,5: 1

Potência máxima (cv): 115/5000-5500

Binário máximo (Nm/rpm): 200/2000-3500

 Transmissão, direção, suspensão e travões

Transmissão e direção: Dianteira, com caixa manual de 6 velocidades; direção de pinhão e cremalheira, assistida

Suspensão (fr/tr): Independente McPherson/Eixo de torção

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos

 Prestações e Consumos

Aceleração: 0-100 km/h (s): 9,8

Velocidade máxima (km/h): 182

Consumos urbano/extra-urb./misto (l/100 km): 5,9/4,3/4,9

Emissões de CO2 (g/km): 113

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4138/1780/1552

Distância entre eixos (mm): 2566

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1503/1486

Peso (kg): 1262

Capacidade da bagageira (l): 400 (1280 com segunda fila de bancos rebatida)

Depósito de combustível (l): 40

Pneus (fr/tr): 205/60 R16

Preço da versão base (Euros): 23126€